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Reflexão sobre violência de gênero é tema de palestras do PPGD  

Articulação de rede para o enfrentamento à violência de gênero foi um dos temas do evento, com a participação de aluna e de egressa da pós-graduação em Direitos Humanos

às 20h30
Palestra da campanha Agosto Lilás aconteceu no Tiradentes Innovation Center e foi acompanhada por professoras, alunas e pessoas da comunidade
Palestra da campanha Agosto Lilás aconteceu no Tiradentes Innovation Center e foi acompanhada por professoras, alunas e pessoas da comunidade
A promotora de Justiça Cecília Nogueira Barreto, do MPSE, aluna do Doutorado, e a juíza de Direito Iracy Mangueira, do TJSE, egressa do Mestrado em Direitos Humanos da Unit.
A professora e coordenadora do PPGD da Unit, Grasielle Vieira de Carvalho
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Um importante alerta para entender e combater melhor a violência de gênero. Assim foi o evento “Violência de Gênero: um olhar institucional em Sergipe”, relativo à campanha Agosto Lilás, de conscientização e enfrentamento contra as diferentes formas de violência contra a mulher. Ela aconteceu nesta quinta-feira, 17, no Tiradentes Innovation Center, e foi promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPGD) da Universidade Tiradentes (Unit). 

O tema foi debatido por duas profissionais com ampla experiência no tema: a promotora de Justiça Cecília Nogueira Guimarães Barreto, do Ministério Público de Sergipe (MPSE), e a juíza de Direito Iracy Ribeiro Mangueira Marques, do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). Além de atuarem ativamente na causa em seus órgãos públicos, ambas também estudam e pesquisam sobre o tema, a partir do conhecimento adquirido no PPGD. 

Cecília é aluna do Doutorado em Direitos Humanos, e está desenvolvendo uma tese sobre a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica em Sergipe, com orientação da professora Grasielle Vieira de Carvalho. “O estudo é o coração, a mola propulsora que faz circular o sangue para buscar uma política pública melhor. Foi o contato com a rede de enfrentamento da violência me levou a muitos questionamentos que eu não soube responder. E academicamente, existem várias mentes pensantes que me levam de volta à possibilidade de responder, refletir ou problematizar um pouco mais algumas indagações, levar esses resultados para a prática e buscar soluções viáveis”, disse a promotora. 

Iracy, por sua vez, é egressa do Mestrado em Direitos Humanos e apresentou recentemente uma dissertação sobre a Prestação Jurisdicional Socioeducativa em Rede, com orientação da professora Flávia Moreira Guimarães. No entanto, atuou por muitos anos na área de direitos da mulher, como presidente da Coordenadoria da Mulher do TJSE e também como delegada da Polícia Civil, onde comandou a antiga Delegacia da Mulher e participou da criação do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). 

“A gente traz uma experiência da prática e também a possibilidade de aplicar a teoria. É colocar o conteúdo que aprendeu à disposição para aperfeiçoar um serviço do qual você é instrumento. Acho que o mestrado dá essa dimensão de humanidade, de compreender que não é apenas um atendimento, mas que é uma engrenagem e envolve toda uma rede de órgãos como Ministério Público, Judiciário, Segurança Pública… acredito que todos eles juntos, e à luz da teoria, podem contribuir para melhorar mais esse serviço. Acredito que o mestrado em Direitos Humanos me deu ‘régua e compasso’ para enfrentar e, sobretudo, transformar essa realidade”, destacou a magistrada. 

Para a professora Grasielle, que é coordenadora do PPGD, o evento foi uma oportunidade de refletir sobre o problema da violência contra a mulher e os enfrentamentos que estão sendo feitos para prevenir e erradicar esse problema no estado de Sergipe. “A universidade tem um papel indispensável, porque é por meio da pesquisa que os pesquisadores avaliam o problema, indicam possíveis diagnósticos e propõem caminhos de solução. Ela tem esse papel na perspectiva intelectual e de contato com a sociedade, para de alguma forma sensibilizar os gestores públicos e a sociedade para que a gente consiga efetivamente enfrentar a problemática”, afirmou.

A palestra, aberta ao público externo e à comunidade acadêmica, também foi transmitida pelo canal da Unit Sergipe no YouTube, e pode ser assistida através deste link

Agosto Lilás

Entre as iniciativas do PPGD em apoio à campanha Agosto Lilás, estão o implantação de um plantão tira-dúvidas sobre violência de gênero, no Laboratório de Direitos Humanos, (Bloco F do Campus Farolândia), a divulgação da cartilha digital “Namoro Legal”, produzida pelo Núcleo de Gênero do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e episódios especiais do podcast “Direitos Humanos em 5 minutos”, produzido por alunas e professoras do PPGD, que podem ser encontrados em todos os agregadores de podcast.

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