Os sete estudantes estrangeiros que estão cursando o semestre 2023-2 na Universidade Tiradentes (Unit), através do Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional (ProMAI), foram recepcionados na última sexta-feira, 18, em um encontro realizado pela Gerência de Relações Internacionais. A iniciativa contou com a participação de sete estudantes que integram o Programa Buddy, no qual alunos da Unit são capacitados para acompanhar e auxiliar os intercambistas em questões de burocracia e adaptação à cidade e ao campus. Também participaram integrantes do Projeto Mentoria, que acolhe e integra calouros dos cursos de graduação, além de professores dos cursos envolvidos no programa.
A acolhida aos alunos oriundos do México, do Peru e da Colômbia aconteceu no Tiradentes Innovation Center, onde foi servido um café da manhã. O clima foi de total descontração, pois os estrangeiros mostraram-se animados e familiarizados com o ambiente encontrado na Unit e em Aracaju. Foi o caso da mexicana Sandra González Garcia, que estuda Psicologia na Universidad de Guadalajara e já se declarou fascinada pela cultura brasileira. “Desde que eu entrei na universidade, eu tinha como objetivo fazer um intercâmbio. Então, eu fiz um curso de português e, quando tive a oportunidade de fazer, eu perguntei: ‘Por quê não o Brasil?’”, resumiu ela.
Já a peruana Kendra Maria Laura Ramos, aluna de Engenharia Biotecnológica na Universidad Católica de Santa Maria, em Arequipa, diz que a mobilidade acadêmica lhe atraiu pela possibilidade de aprender novas culturas e novas realidades profissionais em um país com desenvolvimento mais avançado. “A experiência de aprender uma nova cultura em outro país é muito enriquecedora, bem como ver seu progresso na tecnologia, nos laboratórios, nos projetos… Eu estava muito interessada em vir aqui e viver essas experiências. Eu vejo que a Biomedicina tem alguns ramos que eu não estudava antes. Então, acho que isso vai complementar a minha carreira e trazer benefícios”, disse ela, elogiando a estrutura tecnológica dos laboratórios da Unit.
Entre as participantes do Programa Buddy, está a estudante Ana Beatriz Santos Mecenas, do curso de Direito, que acompanha a colombiana Laura Nataly Agudelo Pardo, aluna de Negócios Internacionais na Universidad de Santo Tomás, em Tunja. “Eu li sobre o projeto e o escolhi para conseguir ter uma troca de culturas. Tanto ela me mostrar a cultura dela, da Colômbia, quanto ela ter mais curiosidade sobre o Brasil. Acredito que isso possa me influenciar no futuro, já que eu pretendo fazer Direito Internacional como pós-graduação”, acredita Beatriz.
Além do café da manhã, brasileiros e estrangeiros foram levados para uma visita ao Museu da Gente Sergipana, no centro de Aracaju, onde puderam conhecer um pouco mais sobre a história, a cultura e as tradições populares de Sergipe. Criado e mantido pelo Instituto Banese, ele é dirigido pelo arquiteto Ézio Déda, que é professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unit e também projetou o Largo da Gente Sergipana, em frente ao museu, que retrata as principais manifestações folclóricas do Estado.
A gerente de Relações Internacionais, Selen Ive Carneiro, explica que os intercambistas já estavam em contato com os buddies desde antes da viagem para Aracaju, e que a chegada deles aconteceu duas semanas antes. “Foi um acolhimento muito intenso, auxiliando eles na integração à vida acadêmica, matrícula, alojamento… Hoje a gente vê o nosso aluno muito mais aberto, sem necessariamente sair do Brasil, e despertando para o que é uma experiência curricular dentro de uma graduação. E os estrangeiros já estão bem familiarizados. Essa naturalidade que estamos conseguindo dar ao processo de acolhimento é a chave. O aluno se integra através de vários mecanismos e, quando menos percebe, está vivendo uma experiência fantástica”, comemora.
Para a pró-reitora de Graduação da Unit, professora Arleide Barreto, a iniciativa reafirma a internacionalização como um diferencial importante na formação ofertada pela instituição, que busca preparar um profissional para atuar em qualquer lugar do mundo. “Essas experiências internacionais levam eles a conhecer realidades, a interagir com cenários de profissionais e de empresas, culturas que lhe proporcionem segurança quando estiverem no mercado. O nosso objetivo é a formação e a empregabilidade, as portas que serão abertas com isso. É o aluno sair mais seguro, com uma teia de relacionamento mais ampliada, conhecer outro idioma e outros profissionais, e assim ampliando seus horizontes”, disse.
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