Em continuação à campanha Agosto Lilás, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPAA) e a Gerência de Compliance da Universidade Tiradentes (Unit) promoveram no último dia 18 uma palestra com a capitã Fabíola Góes, da Polícia Militar, que coordena a chamada “Ronda Maria da Penha” e outras ações da corporação para o enfrentamento à violência doméstica. O encontro aconteceu no Auditório Padre Arnóbio e foi voltado para os colaboradores da Unit e das outras unidades baseadas no Campus Farolândia.
A palestra foi uma conversa esclarecedora e descontraída, na qual a capitã utilizou muitos exemplos práticos para explicar os direitos das mulheres, alertar contra comportamentos negativos e refletir sobre a necessidade de mais respeito e igualdade entre homens e mulheres. E também fez alertas e orientações importantes sobre como identificar se uma mulher está sendo vítima de violência, assédio, perseguição ou crime.
Bacharel em Direito e pós-graduanda em Segurança Pública, Fabíola ainda compartilhou a sua experiência ao trabalhar com o tema, ao longo dos seus mais de 15 anos de carreira na Polícia Militar. Dedicada à defesa dos direitos das mulheres e da população negra, a oficial foi a primeira comandante da Ronda Maria da Penha, implementada desde 2019 nas cidades de Estância e Itabaiana.
A unidade conta com policiais especializados na proteção de mulheres em situação de violência, e tem o objetivo de fiscalizar o cumprimento de medidas protetivas de urgência estabelecidas pela Justiça. Segundo dados da própria PM, a Ronda encerrou o ano passado com 238 mulheres acompanhadas, 1.185 visitas às vítimas de violência e 11.962 fiscalizações. O trabalho resultou ainda no registro de 60 casos de descumprimento de medidas protetivas, 87 prisões em flagrante e 228 relatórios policiais de ocorrência (ROPs).
A ação faz parte da campanha interna relativa ao Agosto Lilás, mês dedicado a iniciativas de prevenção e enfrentamento contra o assédio e a violência contra a mulher. Ela ainda pretende chamar a atenção para a promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável, estimulando o diálogo entre os colaboradores e fortalecendo a cultura de respeito, integridade e segurança.
“Essa palestra foi muito proveitosa e contou com muitos colaboradores que poderão absorver essas informações e multiplicá-las para os demais. A gente entende que um colaborador saudável é aquele que tem o corpo são e a mente sã. Nada melhor do que orientá-lo de forma a não permitir que ninguém passe por nenhuma situação de violência, que as mulheres e também os homens aprendam como ajudá-las, e fazer com que tenhamos um ambiente de tranquilidade, com pessoas felizes e realizadas”, disse o técnico de segurança do trabalho José Anselmo Soares Rocha, integrante da CIPAA.
Como denunciar
As vítimas de violência em razão de gênero, assim como toda a sociedade, devem comunicar os casos à polícia. Os casos recorrentes devem ser comunicados ao Disque-Denúncia (181) ou à Central de Atendimento à Mulher (180). Já se houver situação de flagrante, pode-se chamar a Polícia Militar (190). As vítimas podem ainda procurar o Departamento e as Delegacias de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGVs) ou qualquer delegacia da Polícia Civil no próprio município.
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Asscom | Unit
com informações da PMSE e da SSP