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Egressas da Unit se destacam no Prêmio Mulheres Inovadoras 2023

Startup ADA Metaverse lidera inovação na neuroengenharia para o Metaverso

às 19h37
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As egressas do curso de Biomedicina da Universidade Tiradentes (Unit), Dra Tâmara Nunes e Dra Tássia Nunes, conquistaram o 1º lugar na primeira fase do Prêmio Mulheres Inovadoras 2023, destacando-se como a única startup selecionada do estado de Sergipe.

A ADA Metaverse Desenvolvimento de Software LTDA, fundada pelas irmãs em 2021, é uma startup de neuroengenharia que se destaca na criação de soluções inovadoras para o Metaverso, a próxima revolução da internet. Com um time de cientistas e profissionais de diversas áreas, a ADA tem como objetivo principal impactar a humanidade através da integração entre humano e metaverso.

“Nosso comprometimento, dedicação e entusiasmo sempre esteve associado ao nosso propósito de vida. Desde muito criança sonhávamos em poder fazer algo que pudesse gerar empregos, dar oportunidades, inovar e fazer o bem às pessoas. Essa vontade de poder fazer algo para a sociedade sempre foi o motivo para continuar a nossa jornada. Diversas foram as dificuldades ao longo do caminho e inúmeras vezes fracassamos na jornada empreendedora. Mas em nenhum momento desistimos de lutar pelos nossos sonhos”, explica Tássia Nunes.

Tâmara Nunes, uma das fundadoras da ADA Metaverse, descreve o foco da startup. “Nossa missão é criar interfaces e interações que conectem o mundo real ao Metaverso, promovendo um ambiente imersivo e interativo. Compreendemos que o Metaverso representa a próxima fase da internet, e queremos antecipar esse cenário, contribuindo para a sua implementação em todas as esferas da sociedade”, destaca Tâmara.

A startup desenvolveu o xMed, um hub multissensorial inteligente de Metaverso, que proporciona treinamento e capacitação para estudantes e profissionais da saúde, utilizando a neuroengenharia como base. O dispositivo permite a simulação de anatomia humana em um laboratório virtual imersivo, além de oferecer um feedback tátil através de um dispositivo vestível, promovendo a troca de sensações entre o mundo virtual e o real.

“Os estímulos evocados pelo dispositivo tátil desenvolvido pela Ada seguem padrão de frequência modulados que emula o mesmo padrão neural de codificação evocado naturalmente dos mecanorreceptores até serem interpretados no córtex somatossensorial. Dessa maneira, através dos conhecimentos da neurociência e neuroengenharia é possível simular artificialmente sensações táteis durante experiência imersiva nos ambientes virtuais”, exemplifica.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5 mortes por minuto ocorrem devido a negligência médica. A ADA visa reduzir esse risco ao oferecer uma alternativa inovadora para a formação de profissionais da saúde.

“Através do Metaverso, conseguimos reduzir os custos com aquisição de equipamentos e manutenção de laboratórios físicos. Além disso, os alunos podem repetir o treinamento intensamente, monitorados por inteligência artificial para aprimorar seu desempenho”, explica Tássia Nunes.

A contribuição da Unit

A startup já conta com importantes conquistas em seu currículo, incluindo aprovações em programas de fomento e investimentos. Além disso, a ADA tem recebido mentoria do time Google Cloud América Latina e foi caso de estudo na pós-graduação em empreendedorismo da Universidade de Oklahoma.

Tâmara ressalta a importância da formação na Universidade Tiradentes para o sucesso da startup. “Desde o primeiro período, buscamos aproveitar todas as oportunidades que a Unit tinha a oferecer. Fomos incentivadas e orientadas por professores que acreditaram em nosso potencial, o que nos impulsionou a seguir na carreira científica e empreendedora”, reforça.

Tássia conta que o interesse pelo curso de Biomedicina surgiu na visita à Feira de Vestibular (Feivest) da instituição, momento fundamental que culminou no ingresso na carreira. “Posteriormente, iniciamos a carreira científica no ITP, fomos monitora de bioquímica no laboratório de biomedicina e auxiliadas pelo departamento internacional da Unit para participar do programa ciência sem fronteiras. Atualmente retornamos à casa através do Tiradentes Innovation Center, onde recebemos apoio para o desenvolvimento da nossa startup”, revela.

Tâmara e Tássia também destacam a influência da professora Margarete Zanardo Gomes e do professor Edgard Morya em sua trajetória na neurociência e neuroengenharia. “Foram eles que nos apresentaram a esse campo fascinante e nos incentivaram a fundar a startup. São nossos grandes mentores e fontes de inspiração”, afirmam.

Com uma equipe multidisciplinar de aproximadamente 15 colaboradores, a ADA Metaverse tem como objetivo no futuro não apenas levar sensações ao Metaverso, mas também desenvolver interfaces mais naturais e intuitivas, incluindo aquelas controladas por comando cerebral.

“Em planejamentos futuros a Ada tem como objetivo não somente utilizar a neuroengenharia para levar sensações, mas também, criar interfaces humano-metaverso que sejam mais naturais e intuitivas, em especial, interfaces controladas por comando cerebral. Esse é um dos grandes desafios das maiores empresas mundiais como a Meta e Neuralink. E está em nosso roadmap de tecnologias futuras a criação de interfaces humano-metaverso”, revela Tâmara.

As irmãs, formadas em Biomedicina pela Unit e pela Brock University no Canadá, respectivamente, têm planos de seguir aprimorando sua formação em neurociência e neuroengenharia, visando a criação de soluções cada vez mais inovadoras para o mundo da saúde e tecnologia.

“O amor por aprender coisas novas aliado ao nosso propósito de vida foram os maiores fatores para superar os desafios com muita resiliência e persistência. Gostaríamos de agradecer imensamente à professora Patrícia Almeida, a qual temos muita admiração e carinho, sempre foi uma das nossas maiores apoiadoras durante a nossa trajetória”, finalizam. 

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