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Experiência na iniciação científica leva egresso de Nutrição ao doutorado

Conheça a história de Rafael Valois, que a partir dos laboratórios da Unit e do ITP, atuou em vários projetos de pesquisa durante a graduação e concluiu seu mestrado

às 15h45
Rafael Barreto Vieira Valois é egresso do curso de Nutrição da Unit, mestre em Biotecnologia Industrial e aluno do Doutorado em Engenharia de Processos, no PEP (Acervo pessoal)
Rafael Barreto Vieira Valois é egresso do curso de Nutrição da Unit, mestre em Biotecnologia Industrial e aluno do Doutorado em Engenharia de Processos, no PEP (Acervo pessoal)
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A participação em projetos de pesquisa e atividades de extensão abrem muitas possibilidades de atuação e de qualificação para quem estuda em uma universidade. Um exemplo disso é o de Rafael Barreto Vieira Valois, que entrou para a Universidade Tiradentes (Unit) em 2013, formou-se no curso de Nutrição e entrou recentemente para o curso de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos (PEP). Antes, em abril deste ano, defendeu a sua dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial (PBI).

Ao longo da trajetória na graduação, ele participou de diversos projetos de iniciação científica, relacionados às áreas de Saúde e Ambiente. Com a orientação do professor-doutor Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior, Rafael atuou durante seis anos no Laboratório de Morfologia e Patologia Experimental (LMPE), do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), realizando pesquisas sobre temas como produtos naturais, extratos vegetais, obesidade e cicatrização. “Foram belas experiências. Elas me abriram oportunidades de novos conhecimentos, novas experiências, novas técnicas e, claro, responsabilidades”, define ele. 

Entre as experiências, estão as participações em projetos de extensão como a Liga Acadêmica de Nutrição Clínica (Lanuclin), da qual foi diretor por dois anos, e o Projeto Masterfits, programa de condicionamento físico para idosos atendidos em Unidades Básicas de Saúde da zona sul de Aracaju. A experiência como monitor das disciplinas Dietoterapia e Fisiopatologia I também se somam ao período em que manteve contato estreito com a pesquisa científica. 

Uma delas, feita entre 2018 e 2019, foi sobre a “Avaliação do efeito antitumoral in vivo do extrato etanólico de H. bracteatus obtido por meio de extração com líquidos pressurizados”. Ela estudou a possibilidade de que uma substância extraída da planta Himatanthus bracteatus, também conhecida como “banana-de-papagaio”, seja utilizada no combate a células de tumores cancerígenos. O trabalho ganhou o primeiro lugar em dois eventos científicos de 2019, realizados na Unit: a 21ª Semana de Pesquisa da Unit (Sempesq) e o IV Simpósio Interdisciplinar em Saúde e Ambiente (IV Sirsa). 

Outros estudos semelhantes foram realizados por Rafael com o uso de outras substâncias, como a própolis vermelha. “O que me atraiu para esse ramo foi poder descobrir coisas novas e compartilhar a saúde com todos”, resumiu o aluno, que após se formar, entrou para o mestrado no PBI e passou a se dedicar a pesquisas nas áreas de Microbiologia e Eletroquímica. Isso lhe permitiu atuar no Laboratório de Eletroquímica e Nanotecnologia (LEN), ligado ao PEP e ao ITP. A partir desse contato, ele decidiu fazer o doutorado em Engenharia de Processos, com defesa de tese prevista para 2027. 

Controle do Diuron

A pesquisa e a dissertação desenvolvida no mestrado foi sobre a “Avaliação de processos de degradação de Diuron utilizando tratamento biológico e fotoeletroquímico”. Ela investiga se é possível aperfeiçoar o processo de controle do Diuron, um herbicida utilizado contra ervas daninhas na produção agrícola, em produtos como abacaxi, alfafa, algodão, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, citros, borracha e uva. De acordo com o pesquisador, esse controle seria através de um processo fotoeletroquímico (com a transformação da luz em energia) e de um tratamento biológico, com uso de microrganismos extraídos da natureza para a degradação do composto. 

Segundo Valois, a linha da pesquisa é a prospecção e conversão de produtos vegetais e animais da região Nordeste do Brasil. “O objetivo foi avaliar o potencial de degradação do herbicida diuron por bactérias isoladas de sedimentos de manguezal, associado a processos fotoeletroquímicos. O impacto desse estudo será positivo, pois a indústria poderá lançar novas fórmulas no controle do Diuron”, afirma ele, que defendeu a dissertação em abril deste ano. A pesquisa foi realizada com orientação dos professores Maria Lucila Hernández-Macedo e Marcelo da Costa Mendonça, com bolsa de estudos concedida pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec/SE). 

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