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Explorando o cangaço sergipano: uma jornada cultural e histórica 

A Unit em parceria com a Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço promove palestra sobre a história do cangaço em Sergipe

às 20h52
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Em uma iniciativa conjunta entre a Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço (ABLAC) e a Universidade Tiradentes (Unit), estudantes mergulharam nas profundezas da história sergipana durante a palestra “A História do Cangaço em Sergipe”. Ministrada por Antônio Porfírio de Mattos Neto, curador do Museu do Cangaço de Alagadiço, o evento proporcionou uma imersão única no universo cultural e histórico do cangaço no estado.

Antônio Porfírio Netto destaca que compreender a história do cangaço vai além do aspecto histórico, alcançando o entendimento do presente e do futuro. A participação ativa dos estudantes da Unit nesse processo é crucial, pois as gerações se comunicam por meio da história. 

” O apoio da Unit e da Academia é essencial para transmitir esse conhecimento de uma geração para outra. Palestras e debates são ferramentas indispensáveis para trazer esse tema à juventude, promovendo o entendimento e a apreciação da história do cangaço”, relata.

Conexões entre economia, poder político e cangaço

Antônio traz em sua palestra que a relevância do cangaço para a história de Sergipe está intrinsecamente ligada ao poder. “Lampião esteve presente em Sergipe, dedicando dez anos de sua vida ao cangaço, totalizando vinte anos nesse estilo de vida, sendo que metade desse período foi vivido aqui no estado. Compreender o que ocorreu na história é fundamental para uma compreensão mais profunda do presente e do futuro. Apesar de trágica, a história do cangaço é parte integrante da nossa identidade”, revela.

O presidente da ABLAC, Archimedes Marques, contextualiza a criação da academia, ressaltando a necessidade de preservar a história do cangaço, uma narrativa intrínseca ao sertão. “Anteriormente, contávamos com a SBEC, a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, mas sentíamos a necessidade de algo mais robusto. Foi então que surgiu a ideia de criar uma academia, e em 25 de julho de 2019, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, concretizou-se a fundação da ABLAC, na qual fui eleito presidente. Agora, ao celebrarmos quatro anos à frente dessa academia, refletimos sobre o caminho percorrido”, enfatiza.

A história do cangaço, segundo Marques, é uma narrativa que deve ser preservada, uma vez que é parte inalienável do sertão brasileiro. Ele destaca o papel fundamental de Sergipe nesse contexto, ressaltando os laços estabelecidos por Lampião na região e como essas relações foram cruciais para a trajetória do cangaço em Sergipe. 

“Foi a partir de 1929 que Lampião adentrou as terras de Sergipe. Aqui, encontrou uma acolhida calorosa, beneficiado pelo apoio dos Ferreira de Carvalho, com destaque para Antônio Caxeiro, pai do governador, que se tornou o principal coiteiro do grupo. Esses laços estabelecidos em Sergipe foram fundamentais para a trajetória do cangaço na região”, explica.

Incorporando o cangaço na formação acadêmica

O professor de Pedagogia, Matheus Luamm Formiga, destaca a importância educacional do evento, ressaltando como a exploração do cangaço enriquece a cultura dos alunos da Unit. Ele destaca a relevância de incorporar essa cultura nas práticas pedagógicas, permitindo que os alunos se identifiquem de maneira significativa com o tema.

“Este evento, que busca não apenas a valorização do cangaço, mas também a disseminação dessa história e o enriquecimento da cultura no contexto dos alunos, possui um propósito educacional essencial. Espero que como profissionais eles possam incorporar essa cultura adquirida em suas práticas em sala de aula, permitindo que seus futuros alunos vivenciem e a identifiquem de maneira significativa”, elenca.

A discussão e exploração do cangaço, segundo ele, proporcionam uma base sólida não apenas para a vida profissional, mas também para o desenvolvimento pessoal dos alunos.

“Ao falar sobre o cangaço e abordar suas diferentes facetas, estamos enriquecendo a formação dos estudantes, ampliando suas perspectivas e preparando-os para um entendimento mais profundo da diversidade cultural brasileira. Essa abordagem não apenas agrega valor à sua educação, mas também os capacita a transmitir esse conhecimento de maneira enriquecedora em suas futuras práticas pedagógicas”, frisa.

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