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Alunos de Engenharia de Segurança do Trabalho fazem visita técnica ao Corpo de Bombeiros

Os estudantes do curso de pós-graduação conheceram a Diretoria de Atividades Técnicas da corporação, que conduz a política de prevenção contra incêndios e pânico em Sergipe

às 21h07
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Como aprimorar a fiscalização das normas de segurança e a prevenção contra incêndios e acidentes? Esta foi a questão que motivou uma visita técnica realizada por estudantes da Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade Tiradentes (Unit). No último dia 15 de dezembro, 32 alunos estiveram no Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), onde puderam conhecer a Diretoria de Atividades Técnicas (DAT), unidade da corporação que é responsável pela política de prevenção contra incêndios e pânico em todo o estado.

A visita dos alunos foi uma atividade da disciplina Proteção Contra Incêndios e Explosões, ministrada há mais de três anos pelo professor Carlos Magno de Oliveira. “O objetivo da visita foi colocá-los em contato direto com os agentes de fiscalização e análise de projetos de segurança contra incêndio e pânico, além de ofertar conhecimentos específicos do funcionamento dos órgãos de controle e das normas de segurança e seus processos de elaboração e aplicação”, explica ele, que é certificado como perito em Incêndios e Explosões pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e já foi comandante-geral do CBMSE.

Na sede dos Bombeiros, em Aracaju, os pós-graduandos puderam conhecer a estrutura e o funcionamento do DAT, que comanda seis seções regionais (SATs) baseadas nos quarteis da corporação em funcionamento (Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itabaiana, Lagarto e Propriá). Estas SATs executam, fiscalizam e propõem as normas de segurança contra incêndio e pânico em suas áreas de abrangência, através de serviços como análise de projetos, vistoria em edificações, perícia de incêndios e fiscalização dos PSCIPs (Projetos de Segurança Contra Incêndio e Pânico). 

Além da apresentação da estrutura e do funcionamento dos órgãos de controle e atividades técnicas, os estudantes também assistiram a uma palestra sobre as legislações e normas de segurança contra incêndios, bem como os processos de tramitação de projetos de construção, reforma e adequação em relação às normas já referendadas. Segundo o professor, muitas dúvidas e informações puderam ser esclarecidas. 

“Têm sido recorrentes os erros e falhas na concepção de Projetos de Segurança contra incêndio e pânico que adentram o setor, em função, na maioria das vezes, da falta de comunicação direta entre os profissionais da engenharia de segurança e os agentes de fiscalização e análise. Esta ação tem o condão de eliminar esse ruído na comunicação, fortalecendo os objetivos que devem ser comuns aos dois lados, que são a preservação da vida humana e da perda material resultante de um sinistro”, destacou Magno, acrescentando que, “com essas informações, os alunos se qualificam a exercer as atividades de engenharia de segurança, em especial o desenvolvimento de projetos, com margens menores de erros”.

Realidade na prática

Os pós-graduandos em Engenharia de Segurança do Trabalho destacaram a visita técnica ao Corpo de Bombeiros como “bastante positiva”. O estudante Fabien Clímaco, que faz o curso há um ano, destaca que os militares da corporação lidam diretamente com a fiscalização e a definição das regras e dos normativos de segurança. “Basicamente, todos os estabelecimentos que querem uma licença de funcionamento precisam passar por eles. E eles nos deram muitas explicações e informações sobre as normas de prevenção e sobre como funciona o departamento. Essas informações vão agregar muito no nosso trabalho e na nossa formação, além do networking, por assim dizer. Foi uma experiência maravilhosa. Que tenham mais visitas como essa”, elogiou. 

Esta foi a mesma avaliação do aluno Mateus Suassuna de Carvalho, que viu no encontro a chance de ver mais de perto as dificuldades vividas por quem lida com a fiscalização e prevenção de acidentes. “As pessoas geralmente acham que isso é um custo, e não um investimento. E os bombeiros nos mostraram como é lidar com isso no dia-a-dia, o que é a função de cobrar o cumprimento das normas, Isso agregou também um conhecimento maior para como podemos atuar na nossa profissão futuramente, sabendo indicar as pessoas qual é o equipamento mais adequado, qual é a construção mais segura, os documentos que são exigidos para ficar dentro das normas, etc.”, diz ele, que pretende atuar como consultor na área de segurança. 

Segundo o professor Carlos Magno, existe um planejamento futuro para a realização de atividades práticas de segurança contra incêndio em campos de treinamento credenciados pelo CBMSE, com vistas a aprimorar os conhecimentos obtidos nas aulas teóricas e nas visitas técnicas realizadas durante o curso. “A importância da visita está nesse intercâmbio e inter-relacionamento institucional para melhorar a formação do profissional de engenharia de segurança e também fomentar a melhora nas atividades dos órgãos do CBMSE envolvidos na prevenção”, conclui Magno.

Para o professor Arionaldo Menezes, coordenador do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, “o grande diferencial do curso tem sido sempre o alinhamento da teoria à prática, fazendo com que o aluno viva o ambiente de sua futura especializada como se já a tivesse conclusa e possa tirar proveito do ambiente acadêmico em que ainda está inserida para dirimir suas dúvidas fortalecendo os seus posicionamentos quando do exercício efetivo da atividade que está se especializando”.

* – Matéria alterada em 10/01/2024, às 8h29, para acréscimo de informações

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