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Grupo de trabalho vai estudar criação de curso na área de gás natural

Unit participará de grupo de trabalho com a Sedetec e com empresas que atuam no setor; especialização será criada a partir de demandas do mercado sergipano

às 21h56
Gás natural — Foto: Divulgação/Petrobras
Gás natural — Foto: Divulgação/Petrobras
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A Universidade Tiradentes (Unit) participa diretamente de iniciativas que buscam fomentar ainda mais o crescimento da produção e do mercado de gás natural, energias renováveis e biocombustíveis em Sergipe, através de pesquisas e parcerias com empresas e órgãos públicos ligados ao setor. Entre as principais, estão a formação de profissionais qualificados para atuar no mercado local e a participação em fóruns e grupos de trabalho relacionados ao desenvolvimento do setor energético. Destacam-se os estudos para a futura criação de um curso de Especialização em Engenharia e Gestão de Gás, que será criado em breve, a partir de uma parceria da Unit com a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e com o Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec). 

Um grupo de trabalho dedicado está sendo formado com representantes das instituições envolvidas e de empresas da área energética, incluindo professores e pesquisadores de vários cursos e áreas da Unit que tenham interface ou atuação com o setor de óleo e gás. “Vamos aglutinar essas forças: o ensino e a pesquisa através da Unit, as empresas que trabalham na área de gás natural e o Estado, como força mediadora e também como demandante de novos empreendimentos, de geração de emprego”, frisa o diretor de Relações Institucionais da Unit, professor Marcos Wandir Nery Lobão. 

As reuniões e discussões do grupo acontecerão ao longo dos próximos meses. De acordo com o professor Cláudio Dariva, docente dos programas de Pós-Graduação em Engenharia de Processos (PEP) e em Biotecnologia Industrial (PBI) da Unit, o processo de criação do novo curso vai seguir um modo de trabalho diferente, construído em conjunto com todas as partes envolvidas, no qual se buscará entender, se adequar e atender às reais necessidades do mercado de trabalho no Estado, principalmente por profissionais qualificados. 

“Essa questão do óleo e gás em Sergipe está muito efervescente. Existem muitos anseios de que as coisas aconteçam, mas a gente está apostando nessa proposta porque ela é uma proposta diferente no sentido de não ser mais um curso, mas ser alguma coisa que venha a colaborar com o desenvolvimento. Então essa primeira fase é mapear as necessidades do mercado para construir uma coisa que se molde a essas necessidades, de modo que elas tenham sido supridas e que o mercado seja um agente ativo nesse processo. Não é a gente criar e buscar, mas sim fazer um caminho inverso”, ressaltou Dariva, que também é pesquisador do Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (Nuesc) do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP).

Entre as empresas que também do setor de gás e energia que podem participar do trabalho conjunto com a Unit e a Sedetec, estão grandes companhias do setor, como Petrobras, Sergas, Carmo Energy, Unigel, Acelen e Eneva, além de muitas firmas de pequeno e médio porte que vêm sendo criadas ou se instalando em Sergipe, motivadas pelo chamado “boom do gás natural” e pelas possibilidades de exploração das reservas existentes no estado. “A quantidade de empresas prestadoras de pequeno porte, que estão se instalando e necessitam de profissionais qualificados para trabalhar é bastante grande. As pessoas que nós estamos formando aqui no laboratório, no Nuesc, por exemplo, estão encontrando vagas rapidinho”, disse o professor Dariva.

Inteligência Artificial

Além do PEP e dos outros núcleos ligados à área de pesquisa na Unit e no ITP, os estudos para a criação do futuro curso de Engenharia e Gestão de Gás envolvem ainda o Núcleo de Inteligência Artificial Tiradentes (Niart). Criado em 2022, ele é formado inicialmente por professores de várias áreas de conhecimento que já se dedicam a estudar o desenvolvimento e as aplicações da inteligência artificial (IA), mas futuramente será ampliado para atuar como um grupo de pesquisa. 

Wandir explica que o Niart é voltado à aplicação da inteligência artificial na educação, principalmente na formação de professores e alunos. “Esse grupo está se unindo a um time de alto nível, de formação de pessoas de alto nível, de pesquisa de ponta, para que isso possa ser aplicado a outros setores, principalmente os setores industriais. O que nós estamos comprometidos a interagir, por exemplo, com o PEP, e com outras áreas, é para que a gente possa inserir também a inteligência artificial como uma ferramenta para solucionar os problemas que vão ser levantados no diálogo com as empresas”, detalhou. 

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