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Aluna de Biomedicina participa de estudo sobre presença de parasitas em peixes

Victória Peres participa de iniciação científica sobre a fauna de microrganismos encontradas em peixes do litoral sergipano; para ela, foi a chance de “se aprofundar em coisas diferentes que só a ciência proporciona”

às 13h25
A estudante Victória Garcia Peres, do curso de Biomedicina da Unit, que atuou no projeto de iniciação científica (Acervo pessoal)
A estudante Victória Garcia Peres, do curso de Biomedicina da Unit, que atuou no projeto de iniciação científica (Acervo pessoal)
Espécies de peixes lutjanídeos, conhecidos como “vermelha”, passaram por análises necroscópicas e de laboratório (Divulgação)
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A curiosidade em descobrir e estudar coisas diferentes motiva muitos estudantes a participar de projetos e programas de iniciação científica. É o caso da aluna Victória Garcia Peres, do 8º período do curso de Biomedicina da Universidade Tiradentes (Unit), que participou de dois projetos de iniciação científica na instituição. 

Um deles foi a participação na pesquisa Parasitofauna de Atuns e Vermelhas (scombridae e lutjanidae) Pós Derramamento de Óleo no Nordeste do Brasil, que está sendo desenvolvida no doutorado do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente (PSA) pela doutoranda Janaína Freitas Freire e com orientação da professora-doutora Cláudia Moura de Melo e do professor-doutor Ricardo Massato Takemoto. 

O estudo é desenvolvido no Laboratório de Biologia Tropical (LBT), do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), e está inserido na linha de pesquisa Estudo de ecossistemas aquáticos e saúde ambiental. De acordo com Victória, ele identificou e analisou os parasitas que habitam peixes marinhos conhecidos comercialmente como “vermelhas”. “O objetivo do projeto foi caracterizar a infecção por metazoários parasitas nos níveis de infracomunidade e comunidade em peixes da família Lutjanidae, coletados no litoral do estado de Sergipe e adjacências”, disse ela.

A estudante explica que parasitofauna é o conjunto de parasitas que vivem em determinadas espécies de hospedeiros. “Os parasitas de peixes podem servir de bioindicadores do impacto ambiental porque os parasitas são sensíveis às alterações do ambiente em que vivem. Isso ocorre porque a sobrevivência e reprodução dos parasitas dependem da presença de outros organismos, como microcrustáceos e outros peixes hospedeiros, que podem ser afetados por alterações no ecossistema. Através deste estudo, as pessoas vão entender como a fauna parasitária ajuda indicando como está o ambiente marinho”, destacou.

Os peixes estudados foram adquiridos através de pescadores artesanais em Aracaju e levados ao LBT para uma uma análise macroscópica e microscópica que encontrou larvas de anisaquídeos e outras espécies de parasitas de importância ecológica. “Os anisaquídeos são larvas de helmintos e são encontrados apenas dentro do animal, na musculatura e/ou na cavidade geral do peixe. Normalmente não afetam a saúde do peixe, mas podem eventualmente causar sintomas gastrointestinais no homem, se ingeridos acidentalmente”, detalha Victoria. 

O outro projeto de iniciação científica que teve a participação de Victória Peres foi o Ciclo biológico em condições laboratoriais de diferentes espécies de Triatominae (Hemiptera: Reduviidae), vetores da doença de Chagas”, que estuda como age e como se reproduz um inseto conhecido popularmente como “barbeiro”,  o principal transmissor da doença de Chagas, que registra cerca de sete milhões de infectados em todo o mundo e 10 mil mortos por ano nas Américas, segundo dados da Organização Panamericana de Saúde (Opas). A pesquisa também tem a orientação da professora Cláudia Moura, do PSA.  

A importância da Iniciação

A estudante está prestes a concluir o curso de Biomedicina e deve se formar neste ano de 2024, mas já tem a intenção de seguir com a carreira acadêmica, atuando em outras pesquisas e fazendo os cursos de mestrado e doutorado. Para ela, o contato com a pesquisa científica ainda na graduação foi uma ótima oportunidade para o crescimento profissional, aprendizado e reconhecimento, além de se aprofundar “em coisas diferentes que só a ciência proporciona”. 

“A iniciação científica é importante pra mim porque foi através dela que consegui aprender muitas coisas, não só sobre parasitas e peixes, mas de outras áreas também e foi fazendo iniciação científica que consegui sair da minha zona de conforto, escrevendo bastante e apresentando seminário. Acabou sendo uma ótima oportunidade não só para meu currículo mas também para adquirir bastante conhecimento e habilidades na pesquisa”, disse Victoria, acrescentando que a Unit contribuiu de várias formas com a carreira acadêmica. “Foi através da Unit que consegui uma oportunidade na pesquisa e participei de eventos acadêmicos. No curso de biomedicina. são apresentadas para os alunos palestras sobre as áreas que um biomédico pode seguir, incentivando o aluno a buscar mais conhecimento sobre cada área de atuação”, ressalta.

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