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Vacina contra a dengue: expectativa é alta, mas ainda há desafios

Sergipe está entre os estados que receberão o imunizante, mas ainda não há previsão de quantas doses serão destinadas ao estado

às 11h40
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
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A partir de fevereiro, a vacina contra a dengue estará disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em diversas regiões do país. A expectativa é que cerca de 3 milhões de pessoas sejam vacinadas em 2024, com foco nos jovens (10-14 anos) e nas regiões que mais registraram casos de dengue nos últimos 10 anos.

“É fundamental compreender que a meta do Ministério da Saúde não é apenas vacinar 3 milhões de pessoas, mas sim implementar uma abordagem estratégica que coloque os jovens, especialmente aqueles entre 10 e 14 anos, como principal alvo. Quando destacamos essa faixa etária, não é apenas uma questão de números, mas sim uma estratégia deliberada para criar uma defesa imunológica robusta”, explica o médico infectologista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), Matheus Todt.

O primeiro lote de vacinas já chegou ao Brasil e as primeiras doses já serão administradas nas próximas semanas. “Sergipe está entre os estados que receberão o imunizante, mas ainda não há previsão de quantas doses serão destinadas ao estado”, orienta.

A vacina incorporada no Programa Nacional de Imunização do SUS é a QDENGA, que protege contra os 4 tipos de vírus da dengue. Ela é administrada em 2 doses, com intervalo de 3 meses entre as doses. A eficácia da vacina é boa, mas não é completa. Contra o tipo 2 do vírus da dengue, chega a mais de 95%. Porém, ela tem eficácia menor contra os tipos 3 e 4 do vírus.

“A vacina é uma ferramenta importante no controle da dengue, mas não é suficiente. É preciso continuar com as medidas de prevenção, como evitar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença”, afirma.

Ainda há alguns desafios a serem superados para a implementação da vacina contra a dengue no SUS. Um deles é a logística de distribuição do imunizante. Outro desafio é a conscientização da população sobre a importância da vacinação. “É importante que as pessoas entendam que a vacina é uma ferramenta adicional para a prevenção da dengue, mas não substitui as medidas de prevenção”, destaca Todt.

Com a iminente inclusão da vacina contra a dengue no rol de imunizações do SUS, o país avança na proteção contra uma doença que historicamente impacta a saúde pública. A expectativa é que, com o tempo, a medida contribua significativamente para a redução dos casos e a melhoria da qualidade de vida da população.

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