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Energéticos: a dose certa entre energia e risco

Consumo excessivo pode levar a problemas cardíacos, insônia e ansiedade

às 17h51
Foto: Freepik
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No mundo movimentado e exigente, muitas pessoas recorrem aos energéticos em busca de um impulso rápido de energia, com as promessas de disposição, eles acabaram conquistando espaço no mercado. Entretanto, o que parece ser uma solução conveniente para a fadiga pode se transformar em um sério problema de saúde, especialmente para jovens e adolescentes.

Um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir) mostra que a produção e o consumo de energéticos vêm se elevando no Brasil. Ao comparar os dados de 2010 e 2020, a entidade registrou crescimento na fabricação de 63 milhões de litros por ano para 151 milhões e um salto na compra. O consumo foi de 300 mililitros por habitante ao ano para 710 mililitros em uma década. 

Apesar de as propagandas sugerirem que o consumo de energéticos melhora a performance física e mental, é importante estar ciente dos riscos associados a essa prática. O médico cardiologista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), Carlos Aurélio Aragão, alerta para os perigos do consumo desenfreado.

“Os efeitos colaterais do consumo excessivo de energéticos são insônia, taquicardia, ansiedade e até mesmo problemas cardíacos. Além disso, podemos abordar estudos científicos que demonstram os impactos negativos do consumo frequente de energéticos na saúde, especialmente em jovens e adolescentes”, explica.

Segundo o médico, o consumo excessivo de energéticos também leva a um aumento de adrenalina e noradrenalina no sangue, resultando em maior esforço cardíaco. “Esse aumento do trabalho cardíaco eleva o risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC), arritmias e até mesmo insuficiência cardíaca. Há relatos de casos de morte súbita associados ao consumo dessas bebidas energéticas”, completa.

É crucial compreender os componentes dessas bebidas e como interagem com o corpo. A combinação com álcool, por exemplo, potencializa os riscos citados anteriormente. “O efeito do energético é resultado da ação das substâncias presentes na bebida, as quais incluem uma série de estimulantes que afetam regiões específicas do corpo, como o coração e os pulmões. Além disso, os componentes podem causar tais efeitos adversos”, reitera.

Alternativas naturais

Para quem busca alternativas mais saudáveis, existem opções como chá verde, chá de gengibre, sucos naturais ricos em vitaminas e minerais, alimentos ricos em fibras e proteínas, além da prática regular de exercícios físicos. 

“A adoção de hábitos de sono saudáveis, a redução do estresse e a manutenção de uma alimentação equilibrada contribuem significativamente para o aumento da vitalidade e disposição no dia a dia. Essas alternativas promovem um bem-estar duradouro, sem os efeitos colaterais prejudiciais associados aos energéticos”, orienta o médico.

É importante ressaltar que o consumo moderado de energéticos não representa um risco para a maioria das pessoas. No entanto, é fundamental estar ciente dos perigos do consumo excessivo e buscar alternativas mais saudáveis para aumentar a energia e disposição.

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