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Consumo de alimentos ultraprocessados cresce e apresenta riscos para a saúde

Professora de Nutrição da Unit oferece dicas que podem reduzir significativamente o risco de desenvolver doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida.

às 12h55
Carla Souza- Nutricionista Clínica e Esportiva e professora da Universidade Tiradentes
Carla Souza- Nutricionista Clínica e Esportiva e professora da Universidade Tiradentes
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A presença de alimentos ultraprocessados na dieta das pessoas vem crescendo de forma alarmante, o que gera grande preocupação entre os especialistas em saúde. Segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros consumiram, em média, 254,2 gramas de ultraprocessados por dia, o equivalente a 58,6% das calorias ingeridas.

A nutricionista e professora da Universidade Tiradentes (Unit), Carla Souza, alerta para os perigos dessa tendência. “Esses produtos são ricos em açúcares, gorduras saturadas e trans, sal e aditivos químicos, que podem levar ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares”, afirma.

Carla explica que o aumento do consumo de ultraprocessados está relacionado a diversos fatores, como a monotonia alimentar, a praticidade e a grande propaganda da indústria. “Esses produtos são muito palatáveis e vêm em embalagens atraentes, o que os torna muito desejáveis, principalmente para as crianças”, diz.

Alguns dos alimentos amplamente consumidos e classificados como ultraprocessados incluem: os embutidos (calabresa, presunto, mortadela, linguiça). Em substituição, é possível optar por opções mais saudáveis, como ovos, frango, peixes e queijos magros. A preparação caseira de alimentos, como hambúrgueres feitos a partir de cortes magros de carne também pode ser uma excelente opção.

“Sempre temos soluções que podem ser usadas no dia-a-dia, só precisamos querer uma mudança de estilo de vida e sempre colocar a saúde em primeiro lugar! Vale ressaltar que a nutrição tem um papel fundamental em todas essas mudanças de estilo de vida e na prevenção de doenças”, recomenda.

Alternativas mais saudáveis

Para evitar os riscos à saúde, a professora recomenda que as pessoas reduzam o consumo de ultraprocessados e optem por alimentos frescos e naturais. “É importante dar preferência a frutas, legumes, verduras, carnes magras, grãos integrais e leguminosas. Ter uma lista de compras também pode ser uma ótima alternativa para comprar somente o que devem consumir no dia-a-dia. Não ter guloseimas e produtos ultraprocessados em casa já é um grande avanço. Esses alimentos só devem ser consumidos esporadicamente ou em ocasiões especiais – sempre considerando os riscos à saúde”, orienta.

Ao priorizar uma alimentação composta por alimentos in natura e minimamente processados, a sociedade não apenas reduz os riscos de desenvolver condições crônicas, mas também fortalece hábitos alimentares mais nutritivos e equilibrados. “A conscientização sobre os malefícios dos ultraprocessados e a busca por alternativas saudáveis não apenas impactam o bem-estar individual, mas contribuem para a construção de uma comunidade mais saudável e resiliente”, pontua Carla.

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