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As funcionalidades da Inteligência Artificial no dia a dia da população

A IA está em todo lugar, desde o seu smartphone até o hospital onde você faz exames. Mas você sabia disso?

às 19h50
Foto: Freepik
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A inteligência artificial (IA) não é mais uma tecnologia futurista. Ela está presente no dia a dia, muitas vezes sem que sequer percebamos. Desde o assistente virtual que responde perguntas no smartphone até o sistema de reconhecimento facial que libera o acesso ao prédio. A IA está moldando o mundo significativamente, se transformando em uma força impulsionadora de mudanças nas últimas décadas.

“É fundamental compreender que a inteligência artificial não é uma novidade. O seu início remonta aos anos 1950, quando o termo “Inteligência Artificial” foi cunhado em um evento ocorrido nos Estados Unidos em 1956. Desde então, tem sido uma constante inquietação da humanidade: a busca por criar algo semelhante a ela própria”, explica o Diretor de Tecnologia e Inovação da Universidade Tiradentes (Unit), Fábio Santos.

Desde sua concepção, a IA enfrentou desafios e experimentou avanços notáveis, impulsionados por elementos cruciais como o acesso a vastas quantidades de dados e a capacidade massiva de processamento. Esses componentes, essenciais para a IA moderna, tornaram-se disponíveis ao longo do tempo, transformando de uma ideia ambiciosa em uma realidade onipresente.

“O advento da internet desempenhou um papel crucial nesse processo. A rede mundial ampliou exponencialmente a capacidade humana, fornecendo uma imensa quantidade de dados. Esse cenário propiciou à inteligência artificial o uso de algoritmos, com grandes empresas iniciando a coleta de informações para permitir que as máquinas aprendessem efetivamente com esses dados”, elenca.

A interação constante dos usuários com smartphones, ao compartilhar fotos e informações na internet, contribuiu para o aprendizado das máquinas. Esse fenômeno foi um passo significativo na melhoria da interação entre humanos e máquinas.

“A chegada do smartphone marcou um ponto de virada nesse processo. Ao publicarmos fotos na internet, inadvertidamente contribuímos para a coleta de dados pelas grandes fabricantes, alimentando o desenvolvimento da inteligência artificial. Essa interação é um catalisador para o aprendizado da máquina, que abrange diversas áreas, como aprendizado de máquina (machine learning), visão computacional e processamento natural de linguagem, cada uma relacionada a diferentes aspectos da IA”, pontua o diretor.

IA na Saúde

A IA também está revolucionando a área da saúde. Na medicina, a IA pode ser usada para analisar imagens de raio-X e tomografias, auxiliar no diagnóstico de doenças e até mesmo desenvolver novos medicamentos. “Os hospitais estão adquirindo uma ressonância magnética impulsionada por inteligência artificial para integrar ao hospital. A pergunta natural é: onde essa tecnologia será aplicada? A resposta está na agilidade e precisão dos exames, especialmente em procedimentos que podem ser desconfortáveis para os pacientes”, infere.

A ressonância magnética com inteligência artificial, segundo Fábio, promete não apenas acelerar os exames, mas também proporcionar resultados mais precisos e diagnósticos mais robustos. “A capacidade dessa tecnologia de processar dezenas de situações semelhantes aprimora sua habilidade de fornecer feedbacks relevantes para os profissionais de saúde”, completa.

Trabalhando com o conceito de acurácia, a inteligência artificial baseia-se em modelos matemáticos, podendo atingir índices de precisão entre 80% e 90%. “Contudo, a diferença crucial entre a máquina e o médico está na capacidade de processamento. Enquanto a IA pode analisar milhões de imagens, compará-las instantaneamente e oferecer insights valiosos, os médicos enfrentam limitações naturais nesse aspecto”, explica.

Benefícios e oportunidades

A IA pode trazer muitos benefícios para a sociedade, como aumentar a eficiência de processos, melhorar a qualidade de vida das pessoas e até mesmo resolver problemas complexos que antes eram impossíveis de serem solucionados.

“As máquinas possuem uma capacidade significativamente maior de processamento, consulta e absorção de informações em comparação com os seres humanos, e essa transição ocorre naturalmente. Um exemplo prático desse fenômeno é a crescente demanda por casas inteligentes. Como consumidores, passamos a exigir essa inovação, o que se reflete no mercado de trabalho. Arquitetos, por exemplo, precisam se adaptar e adquirir conhecimentos em inteligência artificial, Internet das Coisas e outras tecnologias para projetar as casas inteligentes que desejamos”, diz.

As pessoas precisam entender que a IA não é uma ameaça, mas sim uma ferramenta que pode ser utilizada para melhorar nossas vidas. É importante que as pessoas estejam abertas para aprender sobre essa tecnologia e para se adaptar às mudanças que ela trará.

“O mercado de trabalho, cada vez mais, demandará profissionais capacitados em Inteligência Artificial. É por esse motivo que se denomina o fenômeno como ‘consumo da Inteligência’. Assim como a eletricidade tornou-se algo natural e essencial em nossas vidas, a Inteligência Artificial está trilhando o mesmo caminho. No passado, a eletricidade se popularizou, e hoje, ninguém se questiona sobre como a energia chega às casas – basta acionar um interruptor e a luz se acende, satisfazendo as necessidades do momento, mesmo que haja preocupações com a conta no final do mês”, reforça o diretor de tecnologia.

A Inteligência Artificial está se tornando parte integrante do cotidiano. As oportunidades e serviços oferecidos por aplicativos que incorporam IA estão se multiplicando. Assim como nos dispositivos mais modernos, onde a IA se faz presente, mesmo que muitos usuários não percebam ou não estejam conscientes disso. “É inevitável: a Inteligência Artificial já é uma presença constante em nossas vidas, mesmo que muitos não percebam ou reconheçam. O desafio e a oportunidade residem em compreender e se adaptar a essa transformação tecnológica, que promete moldar significativamente o nosso futuro”, finaliza Fábio.

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