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O que é o câncer colorretal e como ele pode ser evitado

A doença que afeta parte do intestino é o terceiro tipo mais comum de câncer entre os brasileiros e tem chances de cura; campanha Março Azul-Marinho orienta sobre a doença e formas de prevenção

às 20h55
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevêem 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil até 2025, em sua maioria com chances de cura. (Reprodução/TV Brasil)
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevêem 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil até 2025, em sua maioria com chances de cura. (Reprodução/TV Brasil)
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Um dos tipos de câncer que mais despertam preocupação entre os médicos é o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, de cólon e/ou reto. Trata-se do terceiro tipo mais comum da doença entre os brasileiros, e cuja incidência pode estar aumentando principalmente entre os mais jovens. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele já provocou 21.262 mortes em 2021 e tem uma estimativa de registrar 45.630 novos casos até 2025, em sua maioria com chances de cura. 

O câncer colorretal é um tipo de tumor maligno que pode envolver o intestino grosso, bem como o reto e o ânus. Segundo o professor Marcel Lima Andrade, médico gastroenterologista e docente do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), esse tipo de câncer se forma na maioria das vezes a partir de pólipos, que são lesões benignas na parede interna do intestino, mas existem várias causas e fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal. 

“Idade, algumas alterações e síndromes genéticas, e doenças inflamatórias intestinais crônicas como Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa, são alguns exemplos desses fatores de risco, mas os principais incluem o tabagismo, consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, ter uma vida sedentária, consumir bebidas alcoólicas, idade superior a 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio e obesidade”, cita Marcel. 

Em estágios mais avançados, o câncer colorretal pode acometer outros órgãos do corpo, como fígado, pulmão, sistema nervoso e ossos. Segundo o professor, o tratamento da doença depende do estágio e da localização da doença, podendo envolver desde pequenos procedimentos endoscópicos a outros mais complexos, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia biológica ou mesmo uma combinação entre eles.

A descoberta do câncer ainda na fase inicial é uma vantagem que aumenta a eficácia do tratamento e as chances de cura do paciente. “O diagnóstico precoce é fundamental. Em estágios iniciais a taxa de cura é superior a 90%. Além disso, mesmo após o tratamento, o paciente deve realizar um acompanhamento regular para que haja o retorno da doença, ela possa ser detectada precocemente”, orienta o professor, acrescentando que a prevenção pode ser feita através de mudanças no estilo de vida. “O mais importante é manter praticar atividade física regular, parar com o cigarro, ter uma dieta rica em alimentos naturais com fibras, como frutas, legumes, verduras e grãos, e restringir o consumo de carne vermelha, evitar embutidos (salame, presunto, enlatados) e álcool na dieta”, completa.

Março Azul-Marinho

O câncer colorretal é lembrado através da campanha Março Azul-Marinho, criada em 2020, a partir de uma orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela fixou o dia 27 de março como dia mundial de conscientização contra a doença. E no Brasil, a data é lembrada como o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino. 

“O Março Azul-Marinho é uma parceria entre o sistema de saúde e entidades de especialidades médicas com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar da população. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto hoje ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil. Mostrar a importância da prevenção e diagnóstico precoce dessa doença além de melhorar a qualidade de vida, aumenta a sobrevida da população”, finaliza Marcel. 

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