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Dengue: mitos e verdades sobre a doença que coloca Aracaju em alerta 

Médico Infectologista esclarece fatos e boatos sobre a dengue e destaca a relevância do engajamento da população na prevenção da doença

às 11h54
(Foto: Site Tua Saúde)
(Foto: Site Tua Saúde)
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A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, representa um sério problema de saúde pública. Até janeiro deste ano já foram registrados 81 casos de dengue em Aracaju, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Apesar de esse número ser menor em comparação com janeiro de 2023 (255 casos), é preciso continuar tomando medidas preventivas eficazes e ter uma compreensão clara entre o que é fato e o que é boato

O médico infectologista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), Matheus Todt, traz esclarecimentos cruciais sobre a doença, destacando a importância de informações confiáveis para combater sua disseminação. “A Dengue é uma Arbovirose, portanto só é transmitida pelo vetor (o mosquito). Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Outro fato é que existem 4 subtipos de vírus da Dengue o que possibilita que pessoas que já tiveram a doença possam ser infectadas novamente”, explica.

Mitos e verdades

  • Mito: A dengue pode ser transmitida de pessoa para pessoa.
  • Verdade: A dengue é transmitida apenas pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado.
  • Mito: A vacina contra a dengue é a única forma de prevenção.
  • Verdade: A melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, eliminando criadouros e utilizando repelentes. 
  • Mito: A vacina é recomendada apenas para pessoas que já tiveram a doença anteriormente.

“Informações imprecisas sobre a dengue podem levar as pessoas a se descuidarem, aumentando o risco de contrair a doença. É importante buscar informações confiáveis em fontes oficiais, como o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde. O controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti, ainda é a forma mais eficaz de controlar a epidemia de Dengue. Afinal, sem mosquito não há transmissão da Dengue”, reforça Matheus Todt.

Cuidados essenciais 

  • Eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti: qualquer recipiente que possa armazenar água parada, como pneus, vasos de plantas e calhas.
  • Usar repelentes e telas de proteção em portas e janelas.
  • Manter caixas d’água tampadas e calhas limpas.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo ao sair de casa.

“Gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas precisam ter um cuidado redobrado, pois são mais suscetíveis a desenvolver formas graves da dengue. É importante que essas pessoas consultem um médico para receber orientações específicas”, destaca o infectologista.

Ações da comunidade

  • Participar de mutirões de limpeza para eliminar criadouros do mosquito.
  • Denunciar criadouros às autoridades sanitárias.
  • Colaborar com os agentes de saúde durante as visitas domiciliares.

“O combate à dengue é uma responsabilidade de todos. Somente com a colaboração da população poderemos controlar a proliferação do mosquito e reduzir o número de casos da doença”, reforça.

Sinais de alerta

  • Febre alta
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular e articular
  • Náuseas e vômitos
  • Manchas vermelhas na pele

Em caso de qualquer um desses sintomas, o ideal é procurar atendimento médico imediatamente.

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