Na terça-feira, 30, aconteceu a primeira Exposição de Artes e Artesanatos do Programa de Assistência Integral à Melhor Idade (Paimi) deste ano, que encantou o público com a riqueza da produção artesanal das 60 idosas assistidas.
Com 27 anos de atuação, o Paimi realiza duas exposições anuais, valorizando o talento e a criatividade das participantes. Desta vez, o público teve a oportunidade de apreciar uma grande variedade de trabalhos confeccionados a exemplo de panos de prato pintados à mão, caixas de canudos de papel, caixas de madeira com decolagem, trilhos de mesa em crochê, bolsas e mandalas e entre muitos outros.
A coordenadora do Paimi, Zulnara Mota, destaca a importância do meio acadêmico para a vida das assistidas. “O objetivo é trazer essas idosas para que aqui elas adquiram conhecimentos, melhorem a qualidade de vida através das nossas metas e sejam assistidas através dos cursos ofertados pela Universidade Tiradentes”, declara.
Além de um evento cultural, a exposição também é um momento de terapia ocupacional para as idosas, elevando a autoestima e proporcionando a oportunidade de comercializar seus produtos. Entre os destaques da mostra, estão as cestarias e bolsas de palha, elaboradas com maestria e carinho pelas mãos experientes das artesãs.
Hulda Maria Oliveira de Jesus é assistida pelo Paimi há cinco anos e encontrou no Programa uma segunda casa: “aqui nós temos acolhimento, carinho, amor e nós conseguimos desenvolver nossos talentos. Já estamos aposentadas, então é uma terapia para nós. Fico muito feliz em participar desse projeto”.
A fundadora da Universidade Tiradentes e madrinha do Paimi, professora Amélia Uchôa, revela que a ideia inicial era para que sua mãe tivesse companhia e comunicação. “Eu criei porque eu tinha uma mãe idosa e ela sentia falta de pessoas que fossem da idade dela para ter os mesmos assuntos, os mesmos problemas, e daí surgiu o Programa. A comunidade acadêmica abraça o Paimi em respeito à idade das assistidas, então elas dançam, encenam, participam de palestras e muitos outros eventos, vivenciando ativamente o que a instituição tem de melhor para oferecer”, diz.
“Nunca fiquei de cabeça vazia aqui, faço artesanatos como forma de terapia, pois moro sozinha. Minha experiência no Paimi é maravilhosa, a comunidade acadêmica me ajuda na troca de conhecimentos no dia a dia como uma família”, afirma Gizete Muniz dos Santos Pascoal que trabalha com artesanatos antes mesmo de ser contemplada pelo Programa.
A segunda e última exposição do ano acontecerá em novembro, mas a coordenadora Zulnara Mota já iniciou os planejamentos para o restante do ano: “nesse primeiro semestre finalizamos com o São João e no segundo semestre, o calendário está recheado de atividades, a exemplo do Dia da Vovó, Dia do Folclore, Mês do Idoso, Outubro Rosa e muitas outras”.
Por Douglas Fernandes (estagiário) e Raquel Passos (supervisora)
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