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Semana de Enfermagem é aberta com palestra sobre inovação na profissão

O evento na Unit faz parte da 85ª Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn), que tem como tema “Romper ‘bolhas’ no mundo atual para o resistir e o coexistir da Enfermagem”.

às 15h36
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“Romper as bolhas” através da inovação. Esta é a proposta da Semana da Enfermagem da Universidade Tiradentes (Unit), que foi aberta na noite desta segunda-feira, 13, no Auditório Padre Melo, do Bloco D do Campus Farolândia. Até esta quarta-feira, 15, cerca de 800 estudantes participam de uma série de palestras, mesas-redondas, oficinas e minicursos voltados para diversos temas teóricos e práticos da profissão, como avaliações e exames, testes rápidos, cuidados intensivos, parto humanizado, saúde mental e aplicação de novas tecnologias, entre outros. 

O evento na Unit faz parte da 85ª Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn), promovida em todo o Brasil pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), em alusão ao Dia do Enfermeiro (12 de maio), e que tem como tema “Romper ‘bolhas’ no mundo atual para o resistir e o coexistir da Enfermagem”. Seu objetivo é promover a inovação na prática da enfermagem, incentivando a ruptura com paradigmas tradicionais e a busca por soluções criativas e eficazes para os desafios da área. 

A professora Geisa Carla de Brito Lima, coordenadora de Enfermagem no Projeto Inova Tiradentes, explica que ‘romper bolhas’ é uma metáfora para o movimento disruptivo acerca do conhecimento, dos enfrentamentos e diversidades relacionadas à profissão. “Para isso, fazemos parcerias e construímos movimentos que rompem padrões e inovam no cuidar. Nós pensamos em trabalhar essa temática que nos foi proposta, para que sejamos de fato disruptivos e que a gente possa atender a necessidade do nosso aluno, no sentido de trazer temáticas que estejam mais próximas da realidade dele no dia a dia”, explica.   

Para a coordenadora da área de Enfermagem e Fisioterapia da Unit, professora Pureza Santa Rosa, o tema proposto é bastante amplo no sentido de provocar todos os espaços onde a Enfermagem se faz presente, incluindo a universidade. “É avançar, evoluir, melhorar também nos conhecimentos. Além das tecnologias que a gente tem que estar buscando e rompendo essas bolhas para atender as necessidades de saúde da população, nós também temos que estar nos fortalecendo quanto aos aspectos políticos e representativos da enfermagem”, aponta ela, referindo-se às discussões sobre a assuntos como a nova diretriz curricular da Enfermagem, tema de uma consulta pública aberta pelo Ministério da Educação (MEC) até o dia 27 de maio.

O tema da inovação e dos avanços tecnológicos foi trazido na palestra magna de abertura, feita pela professora Alana Vasconcelos, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPED/Unit). Para ela, a saúde e a inovação são áreas que se conectam perfeitamente. “Inovar é quando você traz uma proposta que, além de ser algo que transforma a pessoa, também transforma o seu redor, ao redor da pessoa. Então quando a gente fala de inovação, a gente está falando de transformação de vidas, a gente está falando de mudança de realidades. E a enfermagem se conecta com isso, principalmente por cuidar de vidas. Quando a gente fala de vida, a gente precisa também considerar todo o seu contexto em volta”, ressalta Alana.

Mão na massa

A ênfase na ação prática durante o ensino de Enfermagem é bastante presente no curso da Unit, que foi um dos primeiros a aderir ao Projeto Inova, que adota a metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP). Com isso, os alunos já se envolvem em atividades práticas da profissão, desde o primeiro período, e desenvolvem uma série de habilidades técnicas e socioemocionais. 

Geisa destaca que a adoção desta metodologia já coloca a Unit na vanguarda do atual ensino de Enfermagem. “Hoje, com o Inova, a gente trabalha com um cunho muito profissionalizante desde o início do curso. Já estamos fazendo a educação em enfermagem, o nosso modo de formar, o nosso cuidado, entendendo que ele não é somente o cuidado direto ao cliente, mas é o cuidado com a família, com a comunidade e nos diversos espaços onde o enfermeiro possa estar atuando. A Unit já colabora com isso através do Inova, por meio de projetos tanto profissionais, quanto projetos que a gente chama de Pipex, que são projetos inovadores de extensão nos quais o aluno tem contato diretamente com os parceiros e o mundo do trabalho com demandas reais”, explica. 

Falam as alunas

Para a estudante Michelle de Jesus Tavares, do 9º período de Enfermagem, eventos como a Semana de Enfermagem são importantes para dar mais conhecimento e capacitação a profissionais e estudantes. “Ela é muito importante para todos os acadêmicos de enfermagem, é muito importante para a gente ter a conscientização do que é o enfermeiro, do que faz parte da enfermagem, o que é que ele tem atribuição, quais as atribuições do enfermeiro, na vida acadêmica e na vida profissional de cada um”, opina, dizendo-se interessada em todos os temas do evento. 

A maioria dos alunos se inscreveu como ouvinte, mas outros participam da organização do evento e na divulgação de ligas e projetos de extensão, a exemplo da Liga Acadêmica de Enfermagem em Oncologia (Laco) e do Projeto Acolher, que montaram um estande na entrada do auditório e arrecadaram donativos para ajudar os desabrigados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. “Quanto mais enriquecedor for no nosso currículo, quanto mais coisas a gente tiver, melhor para a gente. As ligas e os projetos de extensão servem muito pra gente olhar a realidade fora dos nossos muros. Porque dentro do hospital a gente vê uma coisa, aqui a gente vê outra. Mas quando a gente vai pra rua, quando a gente vai pro campo, junto com as ligas e os projetos, é uma experiência totalmente diferente”, destaca Régila Nathalie Santana de Freitas, do quinto período, que atua nos dois projetos. 

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