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LABIMH obteve dez trabalhos aprovados no XII Congresso Norte Nordeste de Geriatria e Gerontologia

O congresso tem como objetivo principal discutir e compartilhar conhecimentos, avanços científicos, práticas clínicas e políticas públicas relacionadas ao envelhecimento e à saúde dos idosos.

às 19h51
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O Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH) celebra a aprovação de dez trabalhos científicos no XII Congresso Norte Nordeste de Geriatria e Gerontologia, que estão sendo apresentados entre os dias 06 a 08 de junho na cidade de Recife (PE). As pesquisas, desenvolvidas com dados do projeto MASTERFITTS: Saúde Física e Mental da Pessoa Idosa, envolvem uma colaboração interdisciplinar entre estudantes e professores da Universidade Tiradentes (Unit) e da Faculdade Integrada Tiradentes (FITS).

Os dez trabalhos aprovados abordam temas cruciais para a saúde e bem-estar da população idosa. Segundo o professor da Unit, Estélio Dantas e coordenador do LABIMH, esses trabalhos representam uma contribuição significativa para o entendimento e a melhoria da vida dos idosos, abordando questões de saúde física, mental, social e emocional.

“Esses trabalhos têm o potencial de transformar a abordagem atual da Geriatria e Gerontologia, promovendo um envelhecimento mais saudável, ativo e feliz para a população idosa. Ao enriquecer a base de conhecimento científico e influenciar práticas clínicas e políticas públicas, eles contribuirão para uma sociedade mais justa e preparada para enfrentar os desafios do envelhecimento populacional”, elenca Estélio.

Temas abordados

  • Autoavaliação de Saúde: Investiga como os idosos percebem sua própria saúde.
  • Autonomia Funcional: Avalia a capacidade dos idosos de realizar atividades diárias de forma independente.
  • Depressão: Examina a incidência e os fatores de risco da depressão na terceira idade.
  • Equilíbrio (BARQ): Utiliza a Bateria de Avaliação do Risco de Quedas para analisar o equilíbrio dos idosos.
  • Hipertensão Arterial Sistêmica: Explora os fatores de risco e intervenções possíveis para a hipertensão entre os idosos.
  • Índice de Vulnerabilidade: Analisa a vulnerabilidade dos idosos a diversos riscos.
  • Polifarmácia e Iatrogenia: Estuda os efeitos do uso de múltiplos medicamentos e os riscos de iatrogenia.
  • Qualidade de Vida: Examina os diferentes aspectos que influenciam a qualidade de vida dos idosos.
  • Resiliência: Analisa a capacidade dos idosos de se recuperarem de adversidades.
  • Risco de Quedas: Avalia os fatores que aumentam o risco de quedas e estratégias de prevenção.

Colaboração interdisciplinar

Segundo Estélio, a participação dos acadêmicos de Medicina dos cursos da Universidade Tiradentes, tanto do campus de Aracaju quanto do de Estância, foi fundamental para a coleta dos dados apresentados no congresso. Além disso, essa experiência é ainda mais valiosa, pois contribui significativamente para a soma de pontos no ENARE (Exame Nacional de Residência), aumentando suas chances de ingressar em programas de residência altamente competitivos. 

“Envolvidos de forma ativa em todas as etapas da pesquisa, os estudantes colaboraram desde a coleta de dados até a análise e redação dos resultados. Sob a orientação atenta dos professores e pesquisadores experientes, os acadêmicos não apenas contribuíram com seu entusiasmo e dedicação, mas também aproveitaram a oportunidade para aprofundar seus conhecimentos em Geriatria e Gerontologia”, elenca.

Os alunos dos cursos de Educação Física e Psicologia da Unit também desempenharam um papel crucial. “Os futuros profissionais de Educação Física contribuíram principalmente através do desenvolvimento de programas de exercícios e avaliações de equilíbrio e funcionalidade, essenciais para a qualidade de vida dos idosos. Já os alunos de Psicologia focaram na análise de aspectos emocionais e mentais, como depressão e resiliência, trazendo insights valiosos sobre o bem-estar psicológico da população idosa”, explica Estélio.

Crescimento pessoal e impacto na sociedade

Para os estudantes, participar do desenvolvimento e apresentação de trabalhos científicos é uma experiência valiosa. A estudante do 4º período de Educação Física, Victoria Vieira Abreu, faz parte do Programa de Iniciação Científica e atua no Projeto Masterfitts. No trabalho em que Victoria faz parte foi avaliada a autonomia funcional a partir dos Testes do protocolo de avaliação da autonomia funcional do Grupo Latino- Americano para a Maturidade (GDLAM) em três momentos: avaliação diagnóstica, formativa e somativa. 

“A avaliação diagnóstica é realizada antes de iniciar o treinamento na academia. Após 16 semanas seguindo a planilha de exercício físico foi realizado novamente os testes, sendo a avaliação formativa e somativa para comparar com a diagnóstica. Por fim, foi visto a importância do treinamento de força para a autonomia funcional, mostrando uma melhora no índice GDLAM. O trabalho foi apoiado pelos professores: prof Msc. Lúcio Flávio Gomes Ribeiro da Costa, Prof Phd. Estélio Henrique Martin Dantas”, menciona.

A autonomia funcional, de acordo com a aluna, é a capacidade do indivíduo idoso de realizar suas tarefas cotidianas de forma independente. “Durante o processo de envelhecimento ocorre atrofia gradual da estrutura corporal, influenciando a habilidade do desempenho da estrutura física. Além disso, ocorre limitação em sua performance funcional, comprometendo funções dos sistemas nervoso, cardiorrespiratório e somato-sensorial, afetando a autonomia funcional da população idosa”, destaca a estudante.

Ela ressalta a importância deste envolvimento. “O trabalho realizado é muito importante visto que a população brasileira está crescendo cada vez mais e envelhecendo cada vez mais. Assim, pesquisas devem ser realizadas para contribuir com a construção de políticas públicas e programas que promovam uma melhor autonomia funcional e melhor qualidade de vida às pessoas idosas. Além disso, a adoção de um estilo de vida ativo e saudável ao longo do processo de envelhecimento contribui para a prevenção de morbidade, além de reduzir a dependência funcional e cognitiva dos idosos”, finaliza Victoria.

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