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Investimentos e construção de agenda impulsionam a inovação em Sergipe

Nova lei estadual e editais de investimentos favorecem uma maior articulação entre governo, empresas e instituições de ciência e inovação, a exemplo do Ecossistema Tiradentes

às 14h21
Seminários dedicados à inovação estão sendo promovidos para a construção da Agenda Estratégica de Inovação de Sergipe (Dayanne Carvalho/Seplan)
Seminários dedicados à inovação estão sendo promovidos para a construção da Agenda Estratégica de Inovação de Sergipe (Dayanne Carvalho/Seplan)
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Sergipe deu um passo importante para impulsionar o setor de tecnologia e inovação no estado. Foi o Novo Marco Legal da Inovação, determinado pela Lei Estadual 267/2024, com medidas que estimulam o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação, promovendo mais ações de cooperação e interação entre a administração pública estadual, a iniciativa privada e as instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs). A nova lei foi sancionada no último dia 15 de julho pelo governador Fábio Mitidieri, durante a realização do Seminário de Inovação de Sergipe 2024. 

Um dos desdobramentos mais importantes do Marco Legal e do próprio Seminário é a construção da Agenda Estratégica de Inovação de Sergipe, um documento com a definição de metas, estratégias, diretrizes e políticas que vão orientar e conduzir as ações voltadas para a inovação no cenário local. A construção da agenda vem acontecendo através de oito Seminários Temáticos promovidos pela Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan), que terão palestras e oficinas para o público-alvo de servidores, startups e estudantes. O primeiro destes Seminários aconteceu na última terça-feira, 5, e os outros estão programados para ocorrer até o final do ano. 

O Seminário Estadual de Inovação e os seminários temáticos contam ainda com a participação de empresas privadas, da sociedade civil e das principais instituições públicas de ciência, tecnologia e inovação. Entre elas, o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), cujo presidente Celso Pansera apresentou o Plano de Fomento e Financiamento da autarquia. Ele prevê investimentos de cerca de R$ 13 bilhões em inovação neste ano de 2024, além de um crescimento anual de orçamento que pode levá-lo à casa dos R$ 18 milhões.

Para a professora e pesquisadora Patrícia Severino, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial (PBI) da Universidade Tiradentes (Unit), que participou das atividades e discussões do Seminário de Inovação, “a sanção da Lei de Inovação de Sergipe e a Política Nacional de Inovação criam um ambiente propício para o desenvolvimento de startups e empresas inovadoras, oferecendo incentivos fiscais, financiamento e apoio técnico”. 

Já para o professor Marcos Wandir Nery Lobão, coordenador da Pós-Graduação Stricto Sensu e diretor de Relações Institucionais da Unit, trata-se de “um momento muito alvissareiro, que nos impulsiona a buscar cada vez mais parcerias com empresas e indústrias”.  

Ecossistema Tiradentes

Todas estas iniciativas contam com a participação do Ecossistema Tiradentes, que reúne e congrega as estruturas, os serviços e os profissionais da Universidade Tiradentes (Unit), do Tiradentes Innovation Center (TIC) e do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). “Esse ecossistema une a formação de pessoas, o desenvolvimento de pesquisa e a inovação. Ele está pronto para contribuir no incentivo à inovação em Sergipe, atendendo às demandas de inovação das empresas; no desenvolvimento de novos produtos e processos, e contribuindo para formação de profissionais para cultura do empreendedorismo, bem como também apoiando a criação e amadurecimento de startups”, afirma Wandir.

“A Unit e o ITP podem impulsionar a inovação em Sergipe por meio de parcerias com empresas, capacitação, apoio a startups, pesquisa e desenvolvimento, eventos sobre inovação e formação de recursos humanos qualificados. Além disso, o ITP pode contribuir com seus centros de inovação e programas de pós-graduação em Biotecnologia Industrial, promovendo avanços tecnológicos e formando especialistas na área”, acrescenta Patrícia. 

A participação do sistema formado por Unit, ITP e TIC, através de gestores, professores, pesquisadores e alunos dos programas de pós-graduação, também ocupou um relevante espaço nas discussões da Agenda Estratégica, promovendo articulações, discussões iniciais sobre parcerias e diálogos com empresas e instituições públicas nas esferas municipal, estadual e federal. 

De acordo com Wandir, a criação do Ecossistema Tiradentes acompanha as boas possibilidades que estão abertas para o cenário de inovação no estado de Sergipe, com a entrada em vigor do Novo Marco Legal. “Teremos um ambiente mais favorável e mais seguro às parcerias e desenvolvimento de projetos com empresas. Isso vai permitir uma maior integração entre as instituições de ensino, pesquisa e inovação; além da elaboração de projetos e iniciativas comuns; da participação mais qualificada nos editais de inovação, com maior captação de recursos em projetos e bolsas; e da ampliação de oferta de serviços pelo ITP e pelo TIC”, cita.

Mais investimentos

Os Seminários de Inovação tiveram ainda a realização de oficinas temáticas, que abordaram temas como Compras Públicas para Inovação, Apoio à Inovação nas Empresas e Novos Negócios, Industrialização e Energia, Transformação Digital em Estados e Municípios, e Educação e Inovação Social.  Patrícia destaca que um dos principais pontos discutidos ao longo do Seminário é a relação entre inovação e empreendedorismo, foco das atividades que ela já desempenha no PBI, voltadas à formação de recursos humanos para a criação de startups.

“No painel de empreendedorismo em que participei, trabalhamos no mapeamento do ecossistema de inovação para identificar seus pontos fortes e fracos. O objetivo foi entender melhor o cenário atual e propor ações estratégicas que possam ser implementadas pela tripla hélice de governo, empresas e universidades. Essa abordagem colaborativa é essencial para fomentar a inovação, promover o desenvolvimento econômico e garantir a sustentabilidade dos novos empreendimentos”, destaca Patrícia.

com informações da Seplan/SE

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