ESTUDE NA UNIT
MENU



Inovações tecnológicas transformam a fisioterapia e revolucionam a reabilitação física

Gamificação, Impressão 3D e Inteligência Artificial ampliam possibilidades de tratamento e personalizam cuidados para pacientes e profissionais da saúde.

às 14h03
Juliana de Goes-  coordenadora operacional e professora do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes
Juliana de Goes- coordenadora operacional e professora do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes
Compartilhe:

A ciência e a tecnologia estão se unindo de maneira cada vez mais estreita, proporcionando avanços significativos na área da saúde. Esse progresso é especialmente notável na reabilitação física, onde as inovações tecnológicas têm transformado a forma como os tratamentos são conduzidos, beneficiando pacientes e profissionais da saúde. As novas ferramentas e dispositivos estão não apenas complementando os métodos tradicionais, mas também expandindo as possibilidades de recuperação, trazendo melhorias consideráveis na qualidade de vida dos pacientes.

A Fisioterapia, em particular, tem experimentado uma verdadeira revolução com a incorporação de tecnologias como gamificação, impressão 3D, exoesqueletos robóticos, realidade virtual e inteligência artificial. A coordenadora operacional e professora do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes (Unit), Dra. Juliana de Goes Jorge, explica que essas inovações, embora não substituam as técnicas tradicionais, as complementam de maneira poderosa, tornando a reabilitação mais adaptada às necessidades individuais de cada paciente. 

“As novas tecnologias têm gerado impactos significativos no processo de recuperação dos pacientes. Entre os principais benefícios estão: maior acessibilidade por meio de tecnologias assistivas, reabilitação mais dinâmica que acelera a recuperação, monitoramento constante e feedback imediato sobre o desempenho, aumento da motivação e engajamento dos pacientes, além de maior precisão e individualização dos tratamentos”, pontua.

Um novo patamar na reabilitação

Existem vários dispositivos e técnicas que têm demonstrado eficácia na reabilitação de condições e lesões específicas. Alguns dos exemplos são:

  • Sistemas que utilizam gamificação e transformam exercícios terapêuticos em jogos interativos são eficazes na reabilitação de condições como Distrofias musculares, Câncer, Paralisia Cerebral, Parkinson, AVC, e outras desordens neurológicas. 
  • Terapia com Biofeedback é usada para tratar condições como disfunções musculares, incontinência urinária e problemas de ansiedade.
  • A personalização de órteses e próteses por meio de impressão 3D é altamente eficaz na reabilitação de amputados, pacientes com deformidades ósseas e má formação congênita.

O papel do fisioterapeuta

Com o avanço da tecnologia, o papel do fisioterapeuta se torna ainda mais estratégico. O profissional da saúde passa a atuar como um facilitador, utilizando as ferramentas tecnológicas para personalizar os tratamentos e acompanhar de perto o progresso dos pacientes. A inteligência artificial, por exemplo, pode auxiliar na análise de dados e na criação de planos de tratamento mais precisos.

“A integração dessas inovações tecnológicas tem sido incorporada de forma crescente. Clínicas e hospitais estão investindo em treinamento contínuo e capacitações para que fisioterapeutas possam utilizar eficazmente as novas tecnologias. Com o avanço da telemedicina, muitos dispositivos de fisioterapia agora oferecem monitoramento remoto, permitindo que fisioterapeutas acompanhem o progresso dos pacientes à distância. Além disso, ventiladores mecânicos cada vez mais modernos têm sido desenvolvidos e ajudam ao fisioterapeuta no processo do desmame ventilatório, se tornando um excelente aliado no tratamento de pacientes críticos”, elenca Juliana.

As inovações tecnológicas não substituem o papel do fisioterapeuta, mas o complementam, proporcionando ferramentas que ampliam a capacidade de oferecer tratamentos mais eficazes, personalizados e adaptados às necessidades individuais dos pacientes. “Ferramentas como sensores de movimento e softwares de análise biomecânica permitem aos fisioterapeutas realizar avaliações mais precisas das condições dos pacientes e ajustar os exercícios e as intervenções de acordo com o progresso de cada paciente. Com o avanço da telemedicina e do monitoramento remoto, os fisioterapeutas podem ajustar os tratamentos conforme necessário e oferecer suporte contínuo e em tempo real”, pontua a coordenadora.

O futuro da reabilitação 

O futuro da fisioterapia promete ser ainda mais tecnológico e personalizado. A tendência é que exoesqueletos robóticos se tornem mais acessíveis e que a bioimpressão, que já está em desenvolvimento, possibilite a regeneração de tecidos e órgãos, revolucionando a reabilitação de lesões graves. “Estamos caminhando para uma fisioterapia onde os tratamentos serão cada vez mais eficientes, acessíveis e personalizados, com um foco crescente na tecnologia como aliada indispensável”, prevê a professora.

Para que esses avanços sejam plenamente aproveitados, a formação acadêmica dos futuros fisioterapeutas precisa se adaptar, integrando o uso de tecnologias avançadas e capacitando os estudantes para interpretar e aplicar os dados gerados por essas ferramentas. “A Universidade Tiradentes, por exemplo, conta com um Centro de Simulação Realística que oferece um treinamento prático e imersivo, equipando os futuros profissionais com as habilidades necessárias para utilizar as inovações tecnológicas em sua prática clínica”, conta Juliana.

Para os pacientes e suas famílias, optar por tratamentos que utilizam essas novas tecnologias requer uma avaliação cuidadosa. É fundamental verificar se a tecnologia possui respaldo científico, entender os potenciais efeitos colaterais e considerar como ela pode influenciar a qualidade de vida do paciente. “O avanço da tecnologia na fisioterapia não se trata apenas de um ganho técnico, mas de um avanço no cuidado e no atendimento, que coloca o bem-estar do paciente no centro de todo o processo”, conclui a Profª. Dra. Juliana de Goes Jorge.

Leia também: Pesquisas desenvolvidas no PBI e no PSA motivam criação e incubação de startups

Compartilhe: