Ao longo da formação acadêmica, algumas experiências podem ser decisivas para definir o futuro profissional de um estudante. Projetos de extensão e iniciação científica desempenham esse papel ao colocar alunos em contato direto com a comunidade, estimulando a aplicação de teorias aprendidas em sala de aula e oferecendo novas perspectivas sobre a prática de suas profissões.
A egressa de Fisioterapia da Universidade Tiradentes (Unit), Thayslane dos Santos Maciel encontrou essas oportunidades de aprendizado em várias frentes, que moldaram seu caminho rumo à fisioterapia geriátrica e esportiva. Ela se envolveu em diferentes iniciativas que contribuíram tanto para o desenvolvimento de habilidades práticas quanto para a aplicação de conhecimentos científicos, consolidando sua visão de uma fisioterapeuta comprometida com a saúde pública.
Projeto de extensão
Entre as experiências mais enriquecedoras, Thayslane destaca sua participação no projeto de extensão FELIZIDADE – Qualidade de Vida em Idosos, uma iniciativa do Programa Voluntário de Extensão (PROVEX) da Unit. O projeto visava otimizar a qualidade de vida de idosos, e, segundo Thayslane, foi uma experiência que ampliou sua percepção sobre o impacto da fisioterapia na promoção da saúde. “Foi uma experiência ímpar, pois pude contribuir de forma efetiva para a qualidade de vida desse grupo populacional. Como profissionais, podemos promover a saúde em vários âmbitos”, reflete.
O projeto FELIZIDADE envolvia visitas semanais a um grupo de idosos da Pastoral da Igreja Matriz do Augusto Franco, onde os voluntários realizavam avaliações e orientações posturais, além de atividades físicas e mentais em grupo. Thayslane também destaca a receptividade dos idosos e o entusiasmo com que participavam das atividades.
“Essas abordagens promoveram a redução dos indicadores de estresse, aumento das emoções positivas, controle da saúde, socialização e potencialização da independência funcional. Eles eram assíduos e sempre gratos. Conhecer suas histórias de vida me fez perceber a vulnerabilidade da terceira idade e a necessidade de uma assistência multiprofissional e individualizada”, explica.
Iniciação Científica
Além do trabalho com os idosos, Thayslane também se dedicou à iniciação científica durante sua graduação, sendo voluntária e bolsista nos Programas Institucionais de Iniciação Científica – PROVIC/UNIT e PIBIC/CNPq. Nesses programas, ela se envolveu em estudos sobre o óleo essencial da Alpinia zerumbet (OEAz), um fitoterápico com eficácia comprovada em várias condições clínicas. “Trabalhar em conjunto com a ciência me permitiu realizar práticas baseadas em evidências, trazendo para nossa rotina de atendimentos a assistência de qualidade e assertiva”, comenta Thayslane, ressaltando a importância da pesquisa científica para a fisioterapia.
A vivência em pesquisa ampliou sua compreensão sobre a necessidade de basear as práticas fisioterapêuticas em estudos científicos atualizados. “A ciência precisa andar lado a lado com o nosso exercício profissional”, afirma. Thayslane também participou do Laboratório de Estudos Biológicos e Produtos Naturais do Instituto de Tecnologia e Pesquisa de Sergipe (LBPN – ITP), onde continuou seus estudos sobre o óleo essencial da Alpinia zerumbet, conectando a fisioterapia com o uso de fitoterápicos em tratamentos clínicos. “Os fitoterápicos são aliados em diversos quadros clínicos abordados na fisioterapia, e suas eficácias têm sido evidenciadas cientificamente”, comentou.
Grupo de estudos
Outro marco em sua trajetória foi a participação no Grupo de Estudos em Fisioterapia Esportiva de Sergipe (GEFES), que lhe proporcionou uma visão mais ampla das diversas áreas de atuação dentro da fisioterapia. “Conheci o GEFES através de amigas, e a diversidade de áreas de atuação me incentivou a participar. A fisioterapia esportiva tem um papel fundamental na prevenção e reabilitação de atletas, o que me despertou interesse e curiosidade”, compartilha.
O conjunto dessas experiências, segundo Thayslane, foi determinante para sua formação profissional. “Costumo dizer que todos os projetos de iniciação científica, trabalhos de extensão, ligas acadêmicas e grupos de estudos ajudaram a construir a profissional que sou hoje”, reflete. Hoje, Thayslane atua na área geriátrica, levando consigo todo o aprendizado adquirido durante a graduação, especialmente a empatia e o olhar humanizado que desenvolveu ao trabalhar diretamente com os idosos. “Participar do FELIZIDADE na graduação me fez atuar de forma mais segura, empática e humana, o que é essencial para a fisioterapia”, finaliza.
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