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Congresso de Inovação e Tecnologia em Medicina é aberto com palestra internacional

Cirurgião do Cambridge Health Alliance falou sobre cirurgia robótica e uso da inteligência artificial na medicina; inovações na medicina são temas de outras atividades ao longo do evento

às 19h04
Na abertura, o médico e professor Siva Vithiananthan, da Harvard Medical School, falou sobre o aperfeiçoamento das cirurgias e a medicina de precisão (Luís Dinarte/CCS Unit)
Na abertura, o médico e professor Siva Vithiananthan, da Harvard Medical School, falou sobre o aperfeiçoamento das cirurgias e a medicina de precisão (Luís Dinarte/CCS Unit)
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Foi aberto nesta quarta-feira, 30, o Congresso de Inovação e Tecnologia em Medicina, promovido pelos cursos de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit). O evento, que aconteceu no Porto Farol Eventos, em Aracaju, reuniu estudantes de Medicina, professores e autoridades acadêmicas para a palestra do cirurgião Siva Vithiananthan, professor da Harvard Medical School e chefe do Departamento de Cirurgia da Cambridge Health Alliance (CHA), em Boston (EUA). Até a próxima sexta, 1º de novembro, mais de 90 palestrantes e cerca de 800 alunos das escolas médicas da Unit Sergipe, da Fits Goiana e de outras universidades estarão reunidos em atividades no Campus Farolândia. 

Entre estas atividades estão minicursos, apresentações orais e mesas-redondas, que estão discutindo o desenvolvimento, a aplicação e a eficiência das mais recentes inovações tecnológicas na área médica, incluindo a inteligência artificial. “O que nós mostramos aqui durante a graduação, e é um objetivo do congresso, é mostrar que existem essas ferramentas, processos e tecnologias inovadoras, que eles podem usar e que ajudam muito, principalmente, a definir suas especializações”, diz o coordenador do curso de Medicina em Aracaju, professor Dalmo Correia Filho, citando ferramentas como a inteligência artificial, cirurgia robótica não-invasiva e ressonância nuclear magnética”. 

Para a professora Juliana Cordeiro Cardoso, presidente da comissão organizadora do Congresso, a inovação tecnológica é um tema transversal em todas as profissões, não sendo diferente na Medicina. “O que a gente quis trazer é como essa inovação impacta a vida dos médicos, quais são as ferramentas que estão à disposição deles para fazer mais e melhor. A ideia foi essa. É entender a inovação que está passando por toda a sociedade, como ela impacta na vida dos nossos futuros médicos e dos médicos que já estão aqui”, destaca. 

O tema da cirurgia robótica e não-invasiva foi abordado na palestra de Siva Vithiananthan. Ele cita que a cirurgia minimamente invasiva está evoluindo gradualmente para as cirurgias de precisão, em um processo que pode ser acelerado e potencializado com a inclusão da inteligência artificial. “Estas conferências lhes permitem pensar grande, além dos seus horizontes normais, para que possam ser os novos líderes nesta tecnologia. A América Latina sempre contribuiu para a inovação cirúrgica e muitos dos líderes cirúrgicos nos Estados Unidos são latinoamericanos. Queremos continuar isso e ser parte dessa viagem. Eu quero que todos os jovens atuem nisso e venham aqui com uma mente aberta para que eles possam ser parte da liderança do futuro”, espera Siva, que nasceu no Sri Lanka (sul da Ásia) e construiu toda a sua carreira acadêmica e profissional nos EUA. 

Além dos alunos de Medicina, o congresso tem a participação de alunos de outros cursos da área de saúde, como Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia que também se interessaram pelos avanços tecnológicos na prática médico-hospitalar. Além de Vithiananthan, também foram convidados professores e especialistas das universidades federais de Sergipe (UFS), São Paulo (Unifesp) e Fluminense (UFF), entre outras. Haverá ainda uma palestra que será transmitida em tempo real para a Unit, direto do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. A programação completa do evento pode ser conferida aqui.

Aberto para o mundo

O Congresso de Inovação e Tecnologia também foi uma oportunidade de apresentar, além das novas tecnologias e da adesão de algumas delas à estrutura já existente na Unit, os outros diferenciais da universidade, a exemplo da internacionalização e das parcerias com outras instituições do exterior. Dalmo Filho destaca que a Unit é uma das poucas instituições de ensino do Brasil que podem oferecer aos alunos, ainda na graduação, um internato de quatro semanas na rede de hospitais do CHA, afiliado à Harvard University. 

“É importante que nossos alunos tenham esse tipo de experiência internacional para que quando eles voltem, além de incorporarem todo esse tipo de conhecimento, os ajude também não só a decidir por uma especialidade muito melhor ou aquela que melhore a prática, mas que essa bagagem internacional os faça também evoluir enquanto pessoa e prestar o melhor atendimento, mais técnico e mais humanizado. E a Unit propõe isso para os nossos alunos”, afirma Dalmo, adiantando que a Unit negocia outras parcerias com escolas médicas de outros países, como a da Universidade do Porto, em Portugal, e a da Universidad de Valladolid, na Espanha.

Para o vice-reitor da Unit, professor Jouberto Uchôa de Mendonça Júnior, os congressos de Medicina da Unit acontecem desde a criação do primeiro curso, em 2010, e são importantes para oxigenar o ensino de Medicina em Sergipe. “Nós entendemos que a inovação e a tecnologia são algo presente em nossos dias e em todas as áreas. O que a gente tem feito muito é oportunizar aos alunos esse tipo de vivência, como a que eles têm em um hospital americano, por exemplo. A inteligência artificial que está aí já está embarcada em vários equipamentos que esses futuros alunos utilizarão nas suas vidas profissionais. O que precisa fazer é oportunizar essa integração entre eles”, afirma Uchôa Júnior.

“Todo o conhecimento científico agrega em benefício das pessoas e do paciente que vai se atender. A inovação tecnológica vem para melhorar a qualidade da assistência quando ela é usada de uma maneira adequada. Isso tudo é muito importante para o desenvolvimento do próprio exercício da profissão, que tem que estar antenado ao que tem de moderno para aplicar, para promover o que é melhor para as pessoas. A universidade é uma parceira importante no programa de educação médica continuada, porque é nele que a gente procura o atualizar o profissional médico ao nível dos conhecimentos mais recentes em benefício das pessoas na defesa do seu ato profissional e na melhoria da qualidade da assistência”, destaca o presidente do Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese), Jilvan Pinto Monteiro. 

Sempre à frente

Uma das participantes do Congresso, a aluna Emily Cristina Santos Aires, do primeiro período de Medicina, foi atraída pelos minicursos e palestras sobre as áreas de urgência e emergência, cirurgia e terapia intensiva. “Pra mim, é a oportunidade de já participar de um congresso dentro da Universidade, permitindo que a gente submeta resumos, que a gente discuta com pessoas de diferentes lugares, professores de grande relevância, conteúdos tão importantes e tão recentes na Medicina. Hoje, a gente percebe o quanto a tecnologia é relevante e atual dentro da prática da Medicina. São equipamentos que a gente precisa se atualizar dentro da graduação, para que a gente se forme como médicos atualizados e consiga fazer um trabalho ainda melhor para a comunidade”, afirma. 

Já o estudante Luiz Daniel Cardoso dos Santos, do sexto período eu faço parte estou no sexto período, tentou se inscrever cursos de ultrassonografia e não conseguiu vagas, mas se interessou por praticamente todos os outros temas do evento. “O que nos chama bastante atenção é o peso desse evento e ele falar muito sobre inovação. Como as inovações demoram um pouco para serem consolidadas, é importante a gente sempre estar buscando elas, e às vezes, a gente tem uma coisa nova que a gente vê aqui e só seria usada, por exemplo, quando eu já estiver formado, mas eu já posso ficar por dentro. Procuramos estar sempre um passo à frente da evolução”, garante. 

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