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Psicóloga formada na Unit leva escuta qualificada ao SUS do Distrito Federal

Aprovada em residência multiprofissional, Laura Aroxa aposta na psicogerontologia como campo de atuação e propósito de vida

às 20h59
Laura Aroxa de Souza- egressa do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes
Laura Aroxa de Souza- egressa do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes
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Escolher uma carreira nem sempre é uma decisão clara ou definitiva. Muitas vezes, o caminho vai se desenhando aos poucos, à medida que as experiências vão moldando o olhar e afinando os propósitos. Foi assim com Laura Aroxa de Souza, egressa do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit), que foi aprovada para a Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso, oferecida pela Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

Naturalmente curiosa e interessada pelas complexidades do comportamento humano, Laura viu na Psicologia um campo fértil para o crescimento pessoal e profissional. Mas, como ela mesma pontua, a descoberta real do curso só acontece ao longo da jornada. “Acredito que identifiquei como uma área em que eu teria espaço para me desenvolver profissionalmente, que eu gostava e tinha facilidade com o assunto. Mas também acho que raramente as pessoas entram em um curso sabendo o que esperar dele, você descobre muita coisa ao longo da formação”, compartilha Laura.

Formação atravessada pela pandemia

A trajetória de Laura na Unit foi, como a de tantos outros estudantes da sua geração, profundamente marcada pela pandemia de COVID-19. Ela ingressou na universidade por meio de transferência externa justamente em 2020, ano em que o mundo virou do avesso. “Fiz aproximadamente metade do curso online, assim como também metade das atividades extracurriculares. Os primeiros dois anos de curso ainda me parecem um sonho, tudo passou muito rápido, mas os três últimos me permitiram ter o espaço necessário para crescer”, relembra.

Apesar dos desafios, Laura encontrou meios de se destacar e aprofundar sua formação. Participou da Liga Acadêmica de Gestalt-Terapia e foi monitora da disciplina de Psicodiagnóstico experiências que considera fundamentais para o amadurecimento clínico e pessoal. “A liga me deu a base necessária para atuar clinicamente utilizando-me dos princípios da Gestalt, além de desenvolver minhas habilidades de organização e trabalho em grupo. Já a monitoria moldou a forma como penso a postura clínica e desenvolveu meu olhar analítico como profissional”, comenta.

Inspiração docente e o caminho até a residência

Quando perguntada sobre a contribuição da universidade para sua formação, Laura destaca especialmente o papel dos professores. “Não vejo tanto como uma contribuição da Unit em si, mas dos docentes que estiveram presentes na minha formação. Foi a profa. Jamille Figueiredo que me apresentou às residências multiprofissionais. Também recebi muito apoio da profa. Flávia, da profa. Keziah, do prof. Bruno Felipe, do prof. Guilherme, e da equipe como um todo”, elenca 

Essa rede de apoio foi essencial para que Laura conhecesse e se preparasse para os programas de residência oportunidades altamente concorridas e que exigem uma sólida formação teórica e prática. O Programa de Residência Multiprofissional da SES-DF funciona como uma pós-graduação lato sensu, com duração de dois a três anos, baseada no modelo de ensino em serviço. 

Isso significa que os residentes atuam como profissionais de saúde em diferentes níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). “Atualmente estou no Instituto de Saúde Mental, na Policlínica do Riacho Fundo, que é um serviço da atenção secundária. Em breve, mudarei para a UBS de Taguatinga, na atenção primária”, ressalta a egressa.

A rotina é diversa e adaptável às necessidades de cada local. Laura relata uma variedade de atividades que incluem desde psicoterapia breve e atendimentos individuais e em grupo até reuniões de equipe, visitas domiciliares e mapeamento das regiões de saúde. “Meu trabalho depende muito do nível de atenção em que eu estou. Trabalho de acordo com a demanda de cada cenário”, destaca.

Olhar atento para idosos e doenças crônicas

O interesse de Laura pela psicologia aplicada ao envelhecimento e às doenças crônicas surgiu ainda durante a graduação e se confirmou no estágio realizado no SAME, Asilo de Idosos. “Sempre tive um interesse maior por psicogerontologia e o trabalho com idosos. Também me atrai o trabalho com doenças crônicas e pretendo dar continuidade à atuação nessas áreas”, conta, mencionando que o que mais a encanta nesse campo é o contato humano profundo e as histórias de vida que encontra pelo caminho. “São pessoas que têm muito o que contar, muitos anos vividos, e suas próprias crenças sobre como o mundo deve ser. Acho interessante saber como o mundo funciona por seus olhos”, reitera.

Mesmo ainda no início da residência, Laura já vislumbra o próximo passo. Ela deseja atuar tanto no serviço público quanto em consultório particular, apostando em uma trajetória que una diferentes experiências e frentes de atuação. No médio prazo, também quer continuar se especializando. 

“Pretendo passar em algum concurso aqui no Distrito Federal e me desenvolver na clínica simultaneamente, além de continuar fazendo cursos de especialização. Imagino que já terei um emprego fixo, como dentro do serviço público, e tenha estabelecido meu espaço no consultório particular, fazendo alguma especialização, talvez em Gestalt-Terapia ou Neuropsicologia”, projeta.

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