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Máscaras faciais ajudam a controlar oleosidade e sinais da idade, mas exigem cautela no uso

Profissional da área de Estética explica como escolher a máscara certa, ativos eficazes para cada tipo de pele e os riscos do uso excessivo

às 20h50
Andrea Vasconcelos- Esteticista, Fisioterapeuta e professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes (Unit)
Andrea Vasconcelos- Esteticista, Fisioterapeuta e professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes (Unit)
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A busca por uma pele saudável e bonita tem se tornado cada vez mais comum entre os brasileiros. Segundo o Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de produtos de beleza no mundo, e as máscaras faciais fazem parte desse crescimento. Vendidas como soluções práticas para problemas como oleosidade excessiva, cravos, ressecamento ou linhas de expressão, elas prometem resultados rápidos, mas o uso sem orientação ou em excesso pode causar o efeito contrário ao desejado.

Segundo a esteticista e fisioterapeuta, Andrea Vasconcelos, e professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes (Unit), as máscaras faciais funcionam como tratamentos complementares no skincare, e não substituem uma rotina diária de cuidados. “Elas são ótimas para potencializar efeitos, mas precisam ser usadas com critério, considerando o tipo de pele e a indicação do produto. O uso indiscriminado pode agravar problemas como acne, sensibilidade e desidratação”, alerta.

Como agem os principais ativos

Entre os ingredientes mais recomendados para peles oleosas, estão a argila branca, o ácido salicílico e a niacinamida. A argila tem ação purificante e ajuda a controlar a produção de sebo. O salicílico, por sua vez, penetra nos poros, promovendo uma limpeza profunda e esfoliação química leve. Já a niacinamida atua como reguladora da oleosidade e da inflamação, além de oferecer benefícios clareadores.

Para quem busca combater sinais do envelhecimento, a esteticista recomenda ativos como retinol, ácido hialurônico e ácido poliglutâmico. “Essas substâncias ajudam na retenção de água na pele, estimulam o colágeno e atenuam linhas finas. O ideal é usá-las com acompanhamento, já que algumas são mais potentes e podem sensibilizar determinadas peles”, explica Andrea.

Embora populares, as máscaras precisam de moderação. O uso exagerado, principalmente das que têm ação adstringente ou esfoliante, pode comprometer a barreira de proteção da pele. “Se você remove demais a oleosidade natural, o organismo entende que precisa produzir mais óleo para compensar. Isso é o que chamamos de efeito rebote, e acaba frustrando quem está tentando tratar o excesso de oleosidade”, comenta. A recomendação geral é aplicar esse tipo de produto até duas vezes por semana, por no máximo 20 minutos, preferencialmente à noite, quando a pele está mais receptiva a tratamentos e livre de exposição solar.

Industrializadas x caseiras: há riscos reais?

As versões industrializadas seguem testes dermatológicos e têm concentração controlada de ativos. Já as máscaras caseiras, populares nas redes sociais, podem colocar a pele em risco. “Tem gente que usa limão, café ou até bicarbonato na pele sem saber o pH de cada substância. Isso pode gerar irritações, alergias e até manchas. Não é porque é natural que é seguro”, alerta a professora.

Outro erro comum é aplicar máscaras com a pele suja ou após esfoliações abrasivas, o que aumenta o risco de reação. A preparação correta começa com a limpeza com sabonete específico para o rosto, seguida da aplicação da máscara e, por fim, hidratação e proteção solar, no caso do uso diurno.

Quando procurar um profissional

Se após o uso de máscaras a pele apresentar vermelhidão, coceira, ardência ou aumento de acne, é hora de suspender o uso e buscar a orientação de um profissional. “Cada pele tem características únicas. O que funciona bem para uma pessoa pode ser prejudicial para outra. Por isso, o acompanhamento com um esteticista ou dermatologista é fundamental”, reforça Andrea.

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