Com o objetivo de resgatar a memória dos índios Xokós de Sergipe, alunos do curso de História da Universidade Tiradentes – Unit –, sob a orientação da professora Valéria Maria Oliveira, reuniram documentos e realizaram pesquisas que resultaram na exposição “A aldeia vai à cidade”. Fotos e arquivos da aldeia indígena localizada no município de Porto da Folha, distante 220km de Aracaju, compõem o acervo.
“Nesse projeto, nós objetivamos reunir toda documentação atual existente sobre os índios Xokós aqui de Sergipe para digitalizar, higienizar e promover. Ao longo da história tiveram outros indígenas aqui no estado, e a documentação sobre eles não está mais aqui, grande parte está na Europa. Então, os Xokós historicamente sofreram com processo de negação de identidade. Fizemos isso pensando na preservação da memória dos índios Xokós daqui de Sergipe”, afirmou o estudante do 5º período de História e um dos organizadores da exposição Wendel Barreto.
De acordo com ele, a exposição despertou um olhar diferenciado e trouxe a curiosidade de descobrir ainda mais sobre a comunidade indígena. “Nós não tínhamos conhecimento sobre um grupo indígena aqui em Sergipe. Principalmente por uma concepção muito colonial que a gente chama a respeito do que é ser índio, então, essa atividade de extensão nos fez pensar de forma diferente e despertou ainda mais nosso interesse de pesquisa”, destacou.
Xokós
Localizada na ilha de São Pedro, no munícipio de Porto da Folha, a aldeia dos índios Xokós possui cerca de 310 indígenas e 91 famílias e foi descoberta por jesuítas em meados do século 16, quando foi expulsa do povoado atual onde habitam. Já em meados de 1979, voltou para ilha de São Pedro, que hoje é homologada como a terra indígena da etnia Xokó.