Com o enfrentamento da pandemia da Covid-19 em todo o mundo desde o ano passado, a atuação de médicos infectologistas ganhou ainda mais destaque. A importância e relevância desses profissionais foi evidenciada a cada descoberta sobre o vírus, auxiliando assim a compreensão da evolução da pandemia por parte da população, orientando e esclarecendo dúvidas.
O infectologista está envolvido desde a vigilância epidemiológica das doenças, tanto na população geral, focando nas questões de saúde pública, além da atuação dentro dos hospitais, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças. Diante dos desafios como os impostos pelo Sars-Cov 2, esse profissional necessita estar em constante atualização, já que nesta área a evolução do conhecimento científico ocorre de forma veloz.
O campo de atuação do médico infectologista é amplo, já que é uma realidade deste profissional lidar com doenças infecciosas transmissíveis e não transmissíveis, doenças endêmicas, epidêmicas ou esporádicas, com infecções tipicamente comunitárias ou com aquelas que estão associadas à assistência à saúde (as chamadas infecções hospitalares).
Monitoramento e dúvidas
Ao longo desses quatorze meses de pandemia em Sergipe, os infectologistas têm monitorado os dados sobre a evolução da doença e auxiliado no esclarecimento de dúvidas da população sobre diversos aspectos do tratamento, medidas preventivas como o uso de máscara, distanciamento social e a importância da higienização sistêmica das mãos.
Outro ponto importante da atuação desse profissional é a análise do panorama da pandemia, identificando pontos de atenção como, por exemplo, os períodos de picos de maior incidência no número de novos casos e óbitos em decorrência da Covid-19.
Neste sentido, o infectologista e professor do curso de Medicina da Unit Sergipe, Matheus Todt, avalia a possibilidade de uma terceira onda da doença nos próximos meses. “Estamos em uma situação muito grave, onde o quantitativo de mortes está em um patamar alto. Quando comparamos a outros momentos da história da humanidade, como na pandemia de gripe espanhola, percebemos que foram três ondas, sendo a segunda a mais grave delas. Estamos neste momento em relação à Covid-19, ou seja, sua segunda onda, mas já na iminência de uma terceira”, indica o especialista.
Asscom | Grupo Tiradentes