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Ação de combate contra a varíola dos macacos passa por estudos diários

Docentes e acadêmicos entendem que é preciso se atualizar sobre o tema a fim de proteger melhor a população

às 17h07
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS)
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Professores do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit) estão acompanhando os estudos quanto aos efeitos e taxas de infecção provocada pela varíola dos macacos (Monkeypox). A intenção é preparar os estudantes sobre os  efeitos da doença. Essa postura preventiva não trata-se de uma intervenção sanitária de exclusividade dos professores e estudantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu no último sábado, 23, que o surto de varíola dos macacos configura uma emergência global de saúde. Sendo que dias antes, a OMS já havia emitido alerta quanto aos atos de proteção coletiva.

Pesquisadores entendem que, mesmo sem confirmação científica sobre a transmissão da doença por meio de sangue, tecidos, células e órgãos, medidas precisaram ser aplicadas. Com isso, a doação de sangue passa a receber uma análise prévia mais apurada. A multiplicação deste tipo de iniciativa é avaliada positivamente também pelo médico infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), Dr. Matheus Todt. O especialista entende que, como se não bastassem as dúvidas e cautelas remanescentes da Covid-19, a humanidade precisa se proteger contra a varíola dos macacos.

“Mesmo com a feliz chegada da vacina contra o coronavírus, é triste e preocupante observar que estamos novamente diante de um cenário de risco mundial. Nós, profissionais da medicina, e Saúde como um todo, estamos diariamente buscando informações científicas capazes de nos preparar cada vez mais contra os efeitos dessa doença”, informou. A varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e costuma apresentar lesões de pele. O contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias.

A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado. “O ponto positivo a ser destacado é que esta doença não apresenta um alto risco de gravidade na grande maioria das pessoas que porventura venham a testar positivo. Por outro lado, é preciso se cuidar. Estamos falando de uma doença de fácil transmissão. Toda e qualquer ação que busque a prevenção do compartilhamento desse vírus é sempre muito bem-vinda”, completou o professor Dr. Matheus Todt.

Até hoje, 28, ainda não há registro oficial da doença em nenhum dos 75 municípios sergipanos, mas a população deve ficar atenta.

Emergência internacional

Atualmente, a OMS declarou que a doença está em 75 países, contabilizando pouco mais de 16 mil casos e cinco mortes. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 607 pessoas já foram infectadas pela doença, ainda sem morte registrada. Sendo que a maior parte dos que testaram positivo para a doença está concentrada em São Paulo, com 506 registros.

São 102 no Rio de Janeiro; 33 em Minas Gerais; 14 em Goiás; 13 no Distrito Federal e 11 no Paraná. Também há confirmações na Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco, cada um com 3 casos confirmados; Ceará, Rio Grande do Norte e Espírito Santo, com 2 notificações cada; enquanto os estados de Mato Grosso do Sul e Santa Catarina com 1 registro, cada.

Retrospectiva

Criada através do Decreto nº 59.153, de 31 de agosto de 1966, a Campanha da Erradicação da Varíola substituiu a Campanha Nacional contra a Varíola, que foi organizada pelo governo brasileiro em 1962. Por meio de injetores de pressão – usados para a aplicação da vacina de muitas pessoas em um curto espaço de tempo –, a Campanha de Vacinação contra a Varíola atingiu praticamente 100% da população,  garantindo ao Brasil a certificação internacional da erradicação da varíola em 1973.

 

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