Entre os dias 18 e 24 de novembro é celebrada a Semana Mundial de Conscientização sobre Resistência aos Antimicrobianos (RAM), um desafio global que coloca em risco o tratamento de infecções comuns e procedimentos médicos. Cada vez mais, é urgente abordar essa ameaça à saúde pública e ao meio ambiente.
Pensando nisso, a Universidade Tiradentes (Unit), em conjunto com o Curso de Farmácia, promoveu uma ação, que inclui a realização de coleta de medicamentos vencidos em parceria com a rede de farmácias Drogasil, destacando a importância da abordagem multissetorial conhecida como “Saúde Única”.
Esta abordagem, de acordo com a farmacêutica e professora da Unit, Ingrid Borges Siqueira, envolve o uso racional de antimicrobianos e o descarte adequado desses medicamentos, considerando os impactos na saúde humana, animal, vegetal e ambiental.
“Conscientizar a população sobre o uso racional de antibióticos é essencial. Além disso, buscamos ampliar a divulgação sobre a importância do descarte correto de medicamentos e como essa ação pode impactar na saúde da população e no meio ambiente. A parceria entre o curso de Farmácia, representado pelos alunos da Liga do Cuidado, e a rede Drogasil fortalece essa iniciativa”, enfatiza.
Aliança pela saúde
Os alunos da Liga do Cuidado estão na vanguarda da divulgação, apresentando os pontos de coleta, que estão espalhados pelo minishopping e no térreo da reitoria, além de mobilizar a comunidade através das mídias sociais. “Eles apresentam os pontos de coleta de medicamentos vencidos pela universidade, divulgam informações diárias nas mídias sociais e motivam para a palestra que discutirá mais a fundo sobre o tema”, reforça.
Impactos do descarte inadequado
Ingrid destaca que o descarte inadequado de medicamentos contribui significativamente para a RAM, tornando-se uma ameaça global. “O descarte inadequado gera problemas que são irreversíveis como o impacto ambiental, contribuindo para o desenvolvimento de resistência bacteriana, ou seja, baixas doses de antibióticos podem desenvolver resistência, dificultando cada vez mais o tratamento médico. Além disso, medicamentos descartados inadequadamente podem ser acessados por pessoas que praticam a automedicação”, reforça.
Para o meio ambiente o dano é ainda maior, podendo afetar a água e o solo. “Medicamentos descartados no lixo comum ou diretamente em pias e vasos sanitários podem entrar no sistema de esgoto e então contaminar cursos d’água, rios e oceanos. Estas substâncias químicas descartadas, podem resultar na contaminação do solo, prejudicando a qualidade e a fertilidade das plantas e consequentemente do nosso alimento”, destaca.
Essa ação conjunta do curso de Farmácia e da Drogasil visa conscientizar a comunidade acadêmica e reforçar a importância de práticas responsáveis para preservar a saúde e o meio ambiente.
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