Todo projeto de arquitetura e urbanismo precisa cumprir as exigências estipuladas pela Lei n° 10.098, de 2000, conhecida como lei de acessibilidade. O texto prevê ordenamento e criação de rampas e outras soluções de garantia de livre acesso de pessoas com deficiências físicas, visuais e de mobilidade reduzida aos espaços públicos.
Na Universidade Tiradentes, os acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo aprendem na prática a importância da eficácia da lei de acessibilidade por meio do Núcleo de Projetos Pesquisa e extensão de Arquitetura e Urbanismo (NUPPE) e o do projeto Aracaju Acessível.
Idealizado pelo ex-vereador e jornalista Lucas Aribé, o evento ocorre no mês de setembro, em alusão ao dia nacional e municipal de Luta da Pessoa com Deficiência, e promove palestras, oficinas, cursos, vivências na cidade e levantamento das condições de acessibilidade em áreas específicas da cidade de Aracaju. Atividades que, de acordo com a professora e coordenadora do Núcleo de Projetos Pesquisa e extensão de Arquitetura e Urbanismo Unit, Lygia Nunes Carvalho, são fundamentais para a prática da profissão.
“O contato com a temática e com a luta travada por Lucas Aribé é fundamental para que a prática da arquitetura e urbanismo, para que a elaboração de projetos possa ocorrer a partir de um olhar mais crítico e cuidadoso, para que esses espaços sejam projetados para todos, independente de suas dificuldades e limitações momentâneas ou permanentes. Além disso, ao longo do evento, é possível participar de oficinas e ter contato com conteúdo fundamental para a prática do projeto, como a norma técnica de Acessibilidade – NBR9050”, afirmou.
Coletividade
Com impacto direto na qualidade de vida e na organização urbana, o trabalho do arquiteto também está sendo impactado pela pandemia do novo coronavírus. A temática acessibilidade também entra em pauta quando se analisa espaços coletivos.
“A pandemia tem nos obrigado a enxergar, até certo ponto, o quanto a sociedade em que vivemos é excludente e o quanto nós fomos culturalmente formados enquanto sujeitos da individualidade, ou seja, há em nós uma dificuldade tremenda de pensar coletivamente. O sujeito coletivo é aquele que deseja e age para que todos, sem exceção, tenham seus direitos garantidos, suas necessidades atendidas, e tenham acesso a qualquer lugar da cidade e da sociedade, sem distinção”.