A busca por conhecimento não conhece fronteiras, e a colombiana Katherine Vargas Correa, estudante de Engenharia Mecatrônica na Universidad de Boyacá, em Tunja, na Colômbia, decidiu explorar terras brasileiras através da mobilidade acadêmica na Universidade Tiradentes (Unit). Sua jornada, que começou em julho de 2023, revela a riqueza de experiências que a Unit proporciona aos intercambistas.
A escolha pelo Brasil não foi apenas aleatória. Katherine destaca a atração pelo idioma e pela diversidade cultural, elementos que fizeram o país se destacar em sua busca por experiências enriquecedoras.
“Inicialmente, ao me inscrever para a mobilidade acadêmica, a universidade que eu estudo apresenta todas as opções disponíveis no Brasil e em outros países. O Brasil sempre me interessou devido ao idioma e às diferenças culturais, além de ser muito conhecido pela dança. Então, primeiramente, escolhi o país, optando pelo Brasil”, elenca.
A infraestrutura e o ambiente acolhedor da Unit foram fatores determinantes na decisão de Katherine. A presença de laboratórios e o clima tranquilo oferecido pela instituição se mostraram diferenciais essenciais.
“A Unit se destaca por possuir muitos laboratórios, especialmente para minha área de estudo. Além disso, gostei do ambiente oferecido pela universidade. O fato de a instituição promover um ambiente mais tranquilo também me atraiu, algo que não estava familiarizada na Colômbia. Portanto, foi outra motivação para escolher esta universidade”, conta.
A jornada física até Aracaju foi recheada de encontros significativos. Desde a viagem até a chegada à universidade, Katherine encontrou pessoas que não apenas compartilharam informações culturais, mas também contribuíram para seu sentimento de pertencimento.
“Foram aproximadamente três dias de viagem, mas valeu muito a pena, pois conheci pessoas muito amáveis durante o voo. Elas compartilharam informações sobre a cultura. Ao chegar à Universidade, também fui muito bem acolhida pela equipe de Relações Internacionais, pelos meus colegas de intercâmbio e por aquelas que conheci aqui”, relembra.
Diferenças culturais e acadêmicas
Dentro das salas de aula, Katherine destaca a experiência única de cursar disciplinas como Inteligência Artificial, proporcionando-lhe novos horizontes acadêmicos e uma adaptação facilitada pelos professores dedicados.
“As principais diferenças notáveis incluem uma disciplina chamada Inteligência Artificial, que estou cursando, e outra chamada Metodologia, que faço com colegas de outras áreas. Isso me agrada bastante, pois é algo novo para mim. Os professores também demonstraram muito interesse em facilitar meu aprendizado e adaptação rápida às aulas”, pontua a estudante.
Além do ambiente acadêmico, Katherine destaca o diferencial de um campus que vai além do estudo, incorporando espaços agradáveis e até a presença de animais, proporcionando uma atmosfera única de aprendizado.
“É mais do que um ambiente estudantil. Ter animais ajuda a reduzir o estresse, e é muito agradável ver um gato passando ou um macaco. São coisas que, obviamente, não vejo na universidade. A estrutura é muito boa, e eu particularmente gosto muito da biblioteca. Quase tudo é climatizado, inclusive as salas de aula, são confortáveis, os espaços verdes são amplos, e há muitas cafeterias”, revela.
A relação com o curso
A escolha pela Engenharia Mecatrônica foi impulsionada pela paixão de Katherine por aviões e engenharia espacial, áreas que ela sentiu falta em sua educação na Colômbia. A decisão de estudar no Brasil foi motivada pela busca de oportunidades além das limitações de seu país de origem.
“Escolhi Engenharia Mecatrônica porque sempre gostei muito de tudo que tem a ver com aviões e engenharia espacial. Já que não temos isso na Colômbia, onde a educação é gratuita até certo ponto, mas limitada, e poucas pessoas podem estudar lá. Então, decidi vir para o Brasil e pretendo ficar por mais tempo”, conta a colombiana.
Katherine revela seus planos para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), demonstrando seu compromisso em aplicar os conhecimentos adquiridos na prática, visando contribuir para questões relevantes, como o bem-estar de animais durante procedimentos cirúrgicos.
“Sobre meu TCC, pretendo fazer em grupo uma cama para gatos. Eles não gostam muito da temperatura durante as cirurgias, e os médicos enfrentam muitos problemas com isso. Tentam mantê-los aquecidos, mas ainda não há nada que os ajude durante a cirurgia. Então, a ideia é desenvolver uma cama especial para eles”, infere.
Em meio a culturas diversas, Katherine Vargas Correa encontra na Unit mais do que uma instituição de ensino. Ela descobre uma comunidade acolhedora, oportunidades de crescimento e a realização de seus sonhos acadêmicos. A experiência de Katherine destaca a importância do intercâmbio acadêmico e da Unit como um espaço propício para o desenvolvimento integral dos estudantes.
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