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Aluna de Medicina diz como o internato nos EUA lhe deu novas visões da saúde e da vida

Marina Teixeira está entre os estudantes da Unit que passaram pelo internato de 30 dias no Cambridge Health Alliance, em Boston, e diz que a jornada lhe proporcionou grande crescimento pessoal

às 11h46
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A parceria da Universidade Tiradentes (Unit) com o Cambridge Health Alliance (CHA) têm proporcionado uma intensa experiência de aprendizado para alunos do curso de Medicina. Entre as que já a vivenciaram, está a estudante Marina Mendes Teixeira, do 12º período, que fez parte da primeira turma de intercambistas enviada em 2024, dentro do programa Clinical Experience Abroad: Clerkship for Medical Students. Através dele, os alunos selecionados passam um mês de internato nos hospitais e complexos ligados ao CHA, em Boston (Estados Unidos). 

Ela mesmo conta que decidiu fazer o estágio durante a graduação para “ter uma visão diferenciada” sobre como o mundo da saúde funciona fora do Brasil. “Acredito que todos deveriam ter a ambição de “sair da caixa” por um momento em suas vidas. O choque cultural faz expandir pensamentos e opiniões, fazendo com que enxergamos novos horizontes. É um crescimento pessoal muito importante”, diz Marina, definindo a experiência em Boston como “uma jornada esplêndida”, que superou as expectativas em relação à sua formação médica e ao seu crescimento acadêmico e pessoal. 

Durante o estágio de 30 dias, os alunos cumprem uma grade de estudos, que inclui as matérias obrigatórias (componentes do programa curricular do curso), a atenção primária, as aulas acadêmicas e as visitas às unidades do CHA. Além disso, os estudantes podem escolher até duas especialidades médicas para formar a grade, dentre as mais variadas. Marina escolheu as de cirurgia robótica e de cirurgia plástica. 

A rotina puxada em Boston não a impediu de se dedicar a uma outra paixão de vida: a atividade física praticada diariamente. “Cada aluno tem a sua grade de horário, mas você faz a sua jornada diária. Eu acordava, realizava minha corridinha matinal, fazia meu café da manhã, e ia para o CHA de Blue Bike, ou ônibus. Nos horários vagos, eu estudava ou ia para a academia, porque eu amo exercício físico, mas como eu havia dito: você consegue fazer sua própria rotina de acordo com a sua grade”, diz ela. 

Os aspectos que mais despertaram a atenção da estudante sergipana foram as diferenças existentes entre as realidades do Brasil e dos Estados Unidos, principalmente no que diz respeito aos sistemas de saúde. Para Marina, a medicina se completa diante das inovações de todos os países e cada um deles tem o seu espaço na evolução da área da saúde. 

“Tudo relacionado à saúde nos Estados Unidos é bastante caro. Porém, é a tecnologia nos âmbitos hospitalares domina, e isso me impressionou muito. A maioria dos países desenvolvidos desfrutam mais da tecnologia, enquanto os subdesenvolvidos desfrutam menos. Cada país tem sua forma de sistematizar a saúde. O sistema de saúde americano é majoritariamente privado. Existem alguns meios dos americanos conseguirem benefícios em relação à saúde, e cada estado tem as suas leis. No Brasil, temos o SUS [Sistema Único de Saúde], que incorpora a universalidade, integralidade e a equidade. Um sistema único que não tem em muitos países”, observa ela. 

Certezas

Com a volta ao Brasil, a estudante entrou na reta final de seu curso de Medicina e está prestes a decidir a área na qual pretende fazer residência. A primeira opção foi pela cirurgia plástica, mas outras especialidades ainda tocam a sua preferência e a fazem deixar a decisão para o futuro. A única certeza presente é a de que a sua visão de mundo não será mais a mesma. “Cada país tem as suas regras, leis éticas e morais que estão enraizadas na sociedade. O choque cultural é imenso e aquele costume que você tem como “errado” pode ser “certo” em outra população. Então as diferenças culturais são importantes porque cada ser tem as suas crenças e fé que os fazem mover adiante”, teoriza. 

Outra certeza para ela é de que o internato em Boston lhe trouxe dois ganhos para a carreira e para a vida: um certificado de estágio (Internship) que incrementa o currículo e o crescimento pessoal diante da oportunidade de viver a medicina em um novo sistema de saúde. Uma vivência que, mesmo no seu país e na sua cidade, ela escolheu ter pelo resto da vida. “Hoje eu posso dizer que a medicina faz parte da minha vida. Como estudante do último período, acredito que é um aprendizado eterno. Me fascina a forma como o raciocínio consegue salvar vidas, assim como a fé consegue transformar vidas”, conclui Marina.

Ao todo, 15 estudantes de Medicina da Unit foram selecionados para a edição 2024 do Clerkship for Medical Students, sendo enviados a Boston em três turmas. A primeira foi em abril, a segunda foi em agosto e a terceira embarcou agora em setembro. Além da vaga no intercâmbio, todos foram isentos de taxas na instituição e receberam bolsas de mérito acadêmico no valor de R$ 7 mil, a título de ajuda de custos com moradia, passagens aéreas, alimentação e outros. 

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