No Brasil, estima-se que há mais de 20 milhões de pessoas assumidamente gays, lésbicas, bisexuais ou transexuais. Contudo, questões como saúde e políticas públicas muitas vezes não são inclusivas para os mais de 10% da população. Sabendo disso, no último dia 09, os estudantes de enfermagem, medicina, psicologia e serviço social se reuniram na sala 34, bloco F, para discutir sobre saúde da população LGBT.
Organizado pelo Centro Acadêmico José Augusto Barreto – Cajab – e outros centros acadêmicos, o debate tratou sobre as necessidades da população LGBT e as formas de aprimorar e humanizar os atendimentos de saúde desta parcela da população.
A coordenadora geral do CAJAB e acadêmica de Medicina do 8º período, Juliane Moura aponta o papel da comunidade universitária. “Enquanto estudantes, sentimo-nos no dever de estabelecer outras temáticas dentro da Universidade com o intuito de favorecer a população e para atendermos melhor os grupos que hoje ainda são desassistidos, como a população LGBT”, diz.
População LGBT
Egressa da universidade e debatedora no evento, a assistente social e mestra em educação, Adriana Lohanna, reforça a importância social de trazer temas e reflexões como essa para o meio acadêmico. “O mote é entender o serviço de saúde que nós temos hoje. Temos que trabalhar a equidade porque cada ser humano é específico, cada ser humano é diverso como um indivíduo. Por isso que cada pessoa tem uma necessidade específica e diferente um do outro no serviço de saúde”, explica Lohanna.
O evento que contou com a presença de profissionais de diversas áreas da saúde é o primeiro dos vários debates que serão trazidos pelo Cajab. “Percebemos que essa demanda surge do próprio estudante, que passa pela Universidade e é acolhido. Isso é importante porque você sabe que a Unit está dando esse retorno e está acolhendo as demandas dos estudantes”, ressalta a mestre em Educação.