A partir de 2020, o Brasil passará a adotar oficialmente a Base Nacional Comum Curricular. Após longas discussões no cenário da educação básica brasileira, o Ministério da Educação definiu o conjunto de aprendizagens essenciais que os estudantes deverão desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
O documento norteia a qualidade da educação do país por meio do estabelecimento de um patamar na aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. “O Brasil resolveu enfrentar o problema de atualização da sua educação básica e a lei definiu que teríamos uma Base Nacional Comum curricular. É a compreensão de quais são os conteúdos que os alunos que estão em uma escola de educação infantil, ensino fundamental ou ensino médio, precisam aprender. Há um conjunto de competências que são comuns a todo o país e outras específicas de cada região, estado e município”, declara o professor doutor Jorge Carvalho, coordenador do curso de especialização em Educação – BNCC – da Universidade Tiradentes.
“Houve um grande debate nacional de 2015 a 2018 e este tema foi discutido intensivamente com consultas às escolas e professores de todo país. Além de chamada pública para essa consulta aberta pelo Ministério da Educação. Depois disso, cada estado começou a trabalhar e definir qual seria o currículo a ser adotado”, acrescenta. Jorge Carvalho foi responsável pela Secretaria de Estado da Educação e coordenou este processo durante o período que esteve na gestão.
Em Sergipe, a criação do currículo local reuniu profissionais da rede estadual, municipal, escolas particulares e profissionais da gestão pública. “Na estrutura da educação brasileira, os estados possuem a responsabilidade de gerenciar o ensino médio e ajudar o município no gerenciamento do ensino fundamental. Já os municípios assumem a responsabilidade pela educação infantil. Então, ao longo desses anos, formou-se uma equipe e seus representantes atuaram na composição do currículo sergipano. Os responsáveis trabalharam com suas bases e estão formando e treinando cada escola”, explica Jorge.
Pensando na qualidade do ensino e na formação de cidadãos qualificados para o mercado de trabalho, a Universidade Tiradentes lança o curso de especialização em Educação – Base Nacional Comum Curricular. Com grandes nomes da educação sergipana, a pós-graduação Lato sensu apresenta estrutura dividida em quatro competências com carga horária de 360 horas.
Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, fazer uma pós-graduação traz um diferencial curricular e amplia oportunidades de atuação na área. “Os professores que estão na sala de aula da educação básica ainda estão no processo de compreensão. Por isso, houve a necessidade de se oferecer uma pós-graduação para que os profissionais possam se aprofundar nesta temática. É um curso que tem um diferencial e está dividido em etapas harmônicas, porém independentes. O profissional que tem interesse em apenas uma temática também pode realizar e receberá uma certificação de aperfeiçoamento”, enfatiza Jorge.
Sobre o curso
O curso está estruturado em quatro competências. A primeira delas discutirá a BNCC e o currículo escolar no Brasil. Já a segunda competência debaterá a base e os fundamentos da Educação Básica. “Aprofundaremos as habilidades e competências para o Ensino Médio, Ensino Fundamental e para a educação infantil”, destaca o coordenador.
A terceira competência retrata a BNCC, planejamento e avaliação da educação básica e, a última, tratará sobre a nova base e o currículo sergipano. “O currículo sergipano reúne os elementos nacionais e elementos da cultura de Sergipe, agregando as habilidades e competências ensinadas em todo país”, salienta Jorge.
Corpo docente
O curso de especialização em Educação – Base Nacional Comum Curricular – traz em seu corpo docente, profissionais renomados na área da Educação. Entre eles, Jorge Carvalho, Svetlana Chaves, Andreza Mattos, Tatiana Calçado, Talita Bion e Gabriela Zelice. Esta última foi coordenadora estadual da Comissão de mobilização da Base Nacional Comum Curricular e prestou Consultoria ao Programa de implementação da BNCC no Ministério da Educação com atuação em 21 unidades da federação, conselhos estaduais e municipais de Educação, para apoiar no processo de (re) elaboração dos currículos estaduais.
“A pós-graduação tem que ser muito bem aplicada e, para isso, é muito importante trazer profissionais com vivência de mercado para preparar o estudante. A ideia é trazer o professor Jorge com uma equipe de profissionais que atuam no mercado para levar o recurso humano mais preparado para o mercado e um resultado melhor para sociedade”, garante o coordenador de Pós-Graduação Lato Sensu da Unit, professor Paulo Martins.
As matrículas para o curso de especialização em Educação – Base Nacional Comum Curricular – já estão abertas.