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Circuito Paralímpico entra para a história do esporte sergipano

Realizado na Vila Olímpica da Unit, pela primeira vez Aracaju recebeu o maior circuito paraolímpico do Brasil na etapa Norte-Nordeste

às 18h53
Halterofilismo revelou grandes nomes sergipanos
Halterofilismo revelou grandes nomes sergipanos
(Fotos: Ricardo Sá)
Salto em distância
Atleta da Unit, Alan Bezerra, levou três ouros
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Por Denise Gomes

Foram três dias de emoção no Circuito Brasil Loterias Caixa 2018, etapa Norte/Nordeste, que aconteceu de 23 a 25 de março na Vila Olímpica da Universidade Tiradentes, e que já entrou para a história ao ser realizado pela primeira vez em Sergipe.

Para o reitor Jouberto Uchôa de Mendonça, sediar o maior evento paraolímpico do Brasil foi um grande presente para o estado. “Por todo o esforço e dedicação que temos feito para tornar a Vila Olímpica referência em qualidade no Norte/Nordeste do país, recebemos essa grande competição com grande orgulho. Com esse feito, Sergipe passa a integrar o calendário esportivo nacional dos esportes paralímpicos e esse é também um marco para a história da nossa universidade, onde em momento de grande alegria também realizamos a inauguração da pista de atletismo, que é considerada uma das mais modernas do Nordeste”, destacou.

A inauguração da pista de atletismo da Unit que segue os padrões olímpicos, realizada no sábado, 24, contou com a presença do medalhista paralímpico, Yohansson Nascimento, que se tornou uma referência no atletismo nos últimos anos. “Fico muito feliz em ver que o atletismo, esse esporte que mudou a minha vida, está sendo difundido em vários pontos do país. Sou de Maceió e acabei saindo de lá para morar em São Paulo, pois infelizmente, não temos uma pista de atletismo oficial como essa que está sendo inaugurada hoje. Esse é um momento de grande alegria, pois é muito bom ver que nós temos cenários como esses, que sem dúvidas, incentivam muitas pessoas com deficiência ou não a praticarem esporte”, enfatizou o atleta.

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasleiro, Mizael Conrado, a organização do evento contou com grandes parceiros. “Ficamos muito felizes com a realização do maior evento paraolímpico do Nordeste em Aracaju. Encontramos grandes parceiros a exemplo do reitor Jouberto Uchôa, dos secretários estadual e municipal do esporte, que contribuíram muito conosco colocando toda essa estrutura à nossa disposição”, afirmou.

Circuito

Entre os cerca de 600 atletas participantes muitos foram os destaques nas provas de atletismo, natação e halterofilismo. Sergipe fez bonito e entre os competidores Alan Bezerra, uma das grandes promessas do para-atletismo sergipano, conquistou três ouros, nas três provas que participou sendo nos 1.500 e 5 mil metros. “Realizei as provas com os tempos de 4min27s37 e 16min36s94, respectivamente, e cumpri minha meta que era fazer bonito em casa e assim seguir representando bem Sergipe nos próximos desafios, a exemplo do Open de Atletismo, que acontece em abril, em São Paulo. Outro grande desafio é trabalhar pela classificação para os Jogos de Tóquio”, destacou.

Para Anne Beatriz, de 15 anos, outra jovem promessa do atletismo, competir em casa é sinônimo de pressão, afinal, a responsabilidade aumenta e muito por um bom resultado. “É ótimo estar em casa, mas participar de uma prova nessas condições tem um peso muito maior, já que a pressão aumenta e a vitória se torna uma obrigação. Mas, hoje, acredito que consegui cumprir essa meta, afinal conquistei o primeiro lugar na primeira prova do dia”, disse a atleta que disputou provas no sábado, 23, e domingo, 24.

Halterofilismo

No halterofilismo outro atleta que integra a delegação sergipana é Afonso de Santana Filho, de 25 anos. Com dois anos de carreira, foi a partir da musculação que ele começou a se interessar cada vez mais pela prática esportiva e através de um projeto foi inserido no halterofilismo. “Já participei de seis grandes competições e fiquei muito feliz por poder estar em casa no Circuito Paralímpico, um evento que colocou Sergipe em destaque”, destacou.

Natação

Na natação, o triatleta Marcelo Collet (Iate Clube da Bahia), dono de oito medalhas em Jogos Parapan-Americanos como nadador, fez sua primeira competição após a cirurgia de amputação da perna esquerda, abaixo do joelho. Collet nadou os 100m e 400m livre, pela classe S10, e conquistou duas medalhas de ouro, assim como os índices mínimos para as fases nacionais com os tempos de 55s70 e 4min56s37, respectivamente. Aos 17 anos, Marcelo foi atropelado e ficou com sequelas na panturrilha esquerda. Em outubro do ano passado, precisou amputar o membro após complicações de um ferimento no pé.

Com o fim do Circuito Mundial de paratriatlo, recebeu a indicação da cirurgia para melhorar sua qualidade de vida. “Está sendo uma volta de muitas novidades. Estou em uma nova configuração corporal, estou na fase de adaptação, reencontrando o equilíbrio do corpo e voltando aos poucos à melhor forma. Mal posso esperar para voltar ao paratriatlo”, declarou.

Próxima etapa

A próxima etapa regional do Circuito Loterias Caixa será em Goiânia (GO), de 12 a 15 de abril, e dará início ao calendário nacional da esgrima em cadeira de rodas, com a I Copa Brasil da modalidade.

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