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Comunicação Inclusiva é abordada durante o último OBSCOM

Olhares e perspectivas necessárias, que por meio da inclusão midiática, podem pôr fim no capacitismo. Essa abordagem foi tratada, gratuitamente, no último OBSCOM.

às 14h15
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Comunicação inclusiva, que busca equidade social e midiática, é um tema tão relevante, que está relacionado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Pensando em discutir com mais profundidade sobre o tema, perpassando nas áreas relacionadas à comunicação, educação, jornalismo e comportamento, a Universidade Tiradentes realizou mais uma edição do Observatório da Comunicação – OBSCOM – no último dia 09. 

A egressa do curso de Jornalismo da Unit e pós-graduada em comunicação jornalística pela Cásper Líbero, Heloísa Rocha, atualmente é redatora responsável pela Gazeta Online, em 2020, foi convidada pelo Teletom para ser consultora. Mas antes disso, sua vida ganhou ainda mais sentido, quando lançou, em outubro de 2015, o projeto que trabalha em prol da moda inclusiva: o Moda em Rodas – que resgata a autoestima feminina e amplia o debate sobre inclusão das pessoas com deficiência no cenário.

“É um prazer poder falar com a Unit, onde fui muito feliz durante os quatro anos do meu curso de Jornalismo, para falar de um tema que socialmente é muito importante, ao lado de pessoas tão queridas”, comentou Heloísa Rocha.

Segundo ela, dentre as barreiras encontradas pela população com deficiência está a forma em que a mídia apresenta e trata esse público. “A cada abordagem com representação equivocada, além de famílias não se sentirem representadas, o capacitismo é evidenciado. Quero ser parabenizada pelo meu trabalho e não pela minha condição física. O capacitismo é estrutural e histórico, isto é, a sociedade reproduz pensamentos, culturas e ideologias de gerações. A importância da comunicação é justamente porque nosso papel não é unicamente informar, mas temos o papel educacional e promover educação na sociedade”, explica Heloísa Rocha. 

Gilles Sonsino, formado em rádio e tv, atualmente se dedica ao próprio estúdio de áudio e paralelamente à carreira musical. Dentre suas principais atuações, está o trabalho que realizou por anos sobre audiodescrição. “Muito legal falar da profissão, do dia a dia do trabalho e se a gente pode trabalhar de uma forma a somar, trazer experiências diferentes ao público, é um adicional importante. Há três anos recebi um convite da produtora LBM, que foi para participar de um projeto de audiodescrição em prol da inclusão. Esse trabalho abriu um universo gigantesco na minha vida! Como você precisa falar para atender ao público de uma maneira completa? A audiodescrição procura trazer no som essa descrição visual justamente para atender as pessoas cegas. É uma das ferramentas da comunicação inclusiva”, pontua Gilles Sonsino.

O egresso de Jornalismo da Unit, Lucas Aribé, que foi o primeiro parlamentar cego da história de Aracaju, atualmente, dentre suas ocupações, é consultor de audiodescrição. “Vou tocar em um ponto que é crucial nessa discussão: a Educação. Nossas escolas ainda não ensinam, desde a infância, essa temática da diversidade, da inclusão, da acessibilidade. Para se ter ideia, a audiodescrição foi lançada na década de 70, nos Estados Unidos e só veio chegar no Brasil, reconhecida em lei, em 2000. Libras e legenda são outro ponto grave e triste na nossa realidade. As pessoas surdas não têm oportunidade de assistir a programação de uma emissora de TV, por exemplo. Se não tiverem uma televisão mais moderna, com esse recurso, elas acabam sendo excluídas”, pontua Lucas Aribé.

 

Confira o OBSCOM, na íntegra, no link a seguir:

 

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Por Raquel Passos e Andreeyvyd Almeida

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