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Diversidade é tema de trabalho acadêmico

Acadêmicos de Psicologia da Universidade Tiradentes apresentam pesquisa sobre a trajetória de pessoas transgênero

às 00h08
Carlos Pacheco
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No mês dedicado ao Orgulho LGBTQIA+, acadêmicos do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes apresentaram trabalho sobre a trajetória de pessoas transgênero. O objetivo do trabalho é divulgar informações sobre a trajetória, dificuldades, desafios e impactos na vida e na saúde mental desse público.

Professor Doutor do curso de Psicologia da Unit, Cleberson Franclin Tavares Costa orientou o grupo de acadêmicos e defende a importância do trabalho, já que, diversidade está na essência humana e o debate a respeito do tema é obrigatório na formação na área.

“O trabalho se mostra importante para que os alunos comecem a compreender melhor sobre a população em questão, desenvolvendo uma investigação científica e associando estratégias de apoio ao público que ainda sofre bastante discriminação na sociedade. Debater diversidade é obrigação em qualquer matéria na formação em Psicologia. Não temos padrões, não temos um tipo de sujeito, temos a diversidade como a essência da humanidade”, explicou.

Cleberson pontuou a relevância do debate para a promoção de políticas públicas de inclusão para o público LGBTQIA+.

“Compreender a diversidade é fundamental para compreender aspectos básicos da psicologia. É importante compreender os diferentes públicos pra que a gente tenha uma atuação mais assertiva na área, estimular o debate em políticas públicas e que sejam promovidas melhores condições de vida para a população em geral”.

Trabalho acadêmico

O projeto foi desenvolvido entre fevereiro e maio deste ano e entrevistou cinco pessoas de diferentes estados. No decorrer do trabalho, o grupo de estudantes encontrou dificuldade para entrevistar pessoas transgênero, como conta o acadêmico do 6º período do curso de Psicologia da Unit, Carlos Pacheco.

“Tentamos contato com 12 pessoas e houve recusa. Foram entrevistadas cinco pessoas de estados diferentes, nenhum de Sergipe, e de áreas de atuação diferentes”, lembra.

Carlos informou que a pesquisa revelou aos estudantes que a fundamentação teórica apresentada na disciplina se constata no dia a dia dos entrevistados. Um ponto que despertou atenção foi com relação à puberdade e às mudanças que ela provoca no corpo e no comportamento das pessoas transgênero.

“As mudanças na puberdade acentuam a diferença de gênero e precisamos de políticas publicas que constituam essa rede de apoio para essas pessoas”.

O texto apresentado na pesquisa traz destaque para “O apoio da família e amigos é muito importante para qualquer decisão ou escolha existencial de qualquer pessoa. Entretanto, no caso dos transgêneros, como a mudança de gênero pode envolver rejeição social, familiar e dos amigos, o apoio da família é fundamental para a criança ou adolescente, levando essa pessoa a não se sentir excluída familiarmente e socialmente, sendo importante também para reduzir as chances da pessoa desenvolver um transtorno mental”.

Acolhimento

“A atividade do psicólogo é ajudar pessoas de forma geral. Onde o psicólogo pode detectar sofrimento, e acontece muito sofrimento no ambiente transgênero, é um espaço de trabalho para o psicólogo”, afirma Carlos.

 

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