Ele ainda lançou seu livro ‘Paso a paso la Mediación: dentro de una mirada sistémica’ que trabalha a temática inovadora no Brasil. “Trata-se de um novo olhar sobre a técnica sistêmica da área de terapia familiar que está sendo implantada no país. Atualmente, 12 estados brasileiros já atuam com mediação familiar, mas a visão sistêmica está sendo inserida agora. Em Sergipe mesmo não tem. E justamente essa ideia que levantei para discutir em Cusco”, explica o professor.
Segundo ele, o Direito Sistêmico tem uma visão mais ampliada das situações familiares, entendendo os conjuntos de histórias e fragmentos que compõem o sujeito. “A ideia é primeiro entender mais à fundo a formação da pessoa. Se a família está em desordem, por exemplo, se alguém foi excluído ou se não é respeitada a hierarquia entre as pessoas, o sistema fica em tumulto e não adianta ter lei do homem que puna se a lei superior, que é a da consciência, está sendo desobedecida. O Direito Sistêmico busca colocar esse sistema em ordem com diálogo”, conta o professor João Alberto Oliveira.
A obra
A importância da visão sistêmica para a resolução de conflitos é trabalhada na obra desenvolvida pelo professor. O livro fala sobre a mediação em conjunto e o que é a constelação sistêmica no entendimento do judiciário.
“Cada vez mais a área está crescendo e precisamos mudar um pouco essa cultura, pois dá sim para resolver situações familiares de uma maneira mais rápida e satisfatória para as partes, na base do diálogo. Isso evita o processo judicial, é mais saudável e ágil. Quando chega a um acordo, é de coração porque foi preciso ceder. Muitos processos poderiam ser por mediação, mas ainda esperam na fila do judiciário”, lembra.