Após aprovação no ProUni, Alef Nascimento Menezes ingressou na Universidade Tiradentes. O ano era 2016, divisor de água na vida de um adolescente que, assim como muitos, tinha sonhos, metas, expectativas para vida profissional e a certeza de que seria na área e Biomedicina que escreveria seu nome.
“Escolhi o curso de Biomedicina por apresentar oportunidades tanto no campo de genética quanto na pesquisa, áreas que sempre fui apaixonado. Após conseguir a aprovação comecei a me dedicar e a tentar agregar o máximo de conhecimento na minha formação, por isso, sempre pegava livros na biblioteca e consultava artigos científicos nos meus estudos, o que ajudou a complementar bastante o que os professores passavam de conteúdo”, conta.
Logo passou a se dedicar à iniciação científica no Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LDIP), no Instituto de Tecnologia e Pesquisa. Foi no ITP onde Alef agregou conhecimento na área de pesquisa, estatística e desenvolvimento profissional e conseguiu perder a timidez nos debates sobre assuntos importantes e até apresentar trabalhos, algo antes impensado.
“Além da iniciação, de forma simultânea realizei estágio no Centro de Hemoterapia de Sergipe e, depois, no Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe, sendo estes importantes para minha formação profissional, os quais me proporcionaram iniciativa e, este último, mais especificamente, a experiência na área da biologia molecular que sempre tive uma grande admiração. Os estágios, a iniciação científica e as aulas que tive na Unit me propuseram uma agregação significativa e esplêndida”, revela.
Ainda na academia, atuou em monitoria na disciplina de Biologia Celular nos cursos da saúde e ministrou alguns minicursos na área de bioestatística. Na sequência, se inscreveu em processo de seleção para estágio curricular na área de Biologia Molecular e Genética no Grupo Pardini, uma das maiores empresas do país, referência em medicina diagnóstica e preventiva na América Latina.
“Consegui ser aprovado no processo seletivo e iniciei meu estágio, mesmo sabendo que o currículo do curso de Biomedicina na região sudeste favorecia um conhecimento muito maior na área de biotecnologia. Não me intimidei e percebi que o conhecimento adquirido na iniciação científica, nos estágios, na monitoria, e de forma muito relevante, nas aulas ministradas pelos meus professores e nos meus estudos, foi suficiente para mostrar o meu melhor e poder contribuir nos processos da empresa, permitindo assim, ao término do meu estágio”, ressalta.
Foi nesse cenário que surgiu a proposta de contratação como Especialista Laboratorial em uma empresa Diagnósticos Laboratoriais Especializados (DLE/SP), referência em medicina personalizada, em São Paulo, pertencente ao Grupo Pardini.
“Olhando para trás, vejo como todas as batalhas foram importantes. O que parecia ser impossível para um jovem de Itabaiana, interior de Sergipe, fez-se possível, não por sorte, mas por amplificação do conhecimento dos meus professores para comigo, por sequenciamento de bases de conteúdo e oportunidades a qual me segurei e por permissão e preparação de Deus. Porém, segurando a sede de conhecimento e buscando sempre mais, para um dia poder ajudar, de alguma forma, a população”, conclui o biomédico.
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