Felipe Mendes é egresso do curso de Ciências Biológicas da Universidade Tiradentes (Unit) e sempre teve grande interesse por insetos, principalmente as abelhas. “Minha casa sempre foi rodeada de plantas e era um recanto para esses animais. Sempre tive o sonho de ingressar em uma universidade para poder me aprofundar e estudar sobre o assunto e, a partir disso, surgiu o meu interesse pela biologia”, comenta o biólogo.
Desde o início da graduação, os olhos eram voltados para a entomologia, ciência que estuda os insetos. “Os meus primeiros passos foram dados após conhecer os professores que trabalhavam com a ciência, como o Dr. José Roque e as docentes Dras. Maria Nei e Kátia Gramacho”, declara Felipe.
Já o contato com a pesquisa aconteceu em 2010, graças à oportunidade de ingressar na Iniciação Científica (IC). “Atuei na IC durante dois anos, juntamente com o professor Dr. José Roque, no estudo do comportamento das vespas sociais no Laboratório de Coleções Zoológicas da Universidade Tiradentes”, conta.
“Com o passar dos anos, fomos visitar o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), juntamente com a professora Maria Lucila, que ministrava a disciplina de Biologia Molecular, e conheci o Laboratório de Estudos Biológicos e Produtos Naturais, que tinha a Professora Kátia Peres Gramacho como pesquisadora. Meus olhos brilharam mais ainda, porque descobri que ela era especialista e trabalhava com as abelhas.”, expõe.
Para o biólogo, a Iniciação Científica trouxe diversas mudanças de vida. “Aprendi a ter mais responsabilidades, pois existiam prazos a serem cumpridos, cronogramas a serem seguidos, responsabilidades laboratoriais e estudos diários mais aprofundados nas áreas de pesquisa”, enfatiza.
“Sou grato por tudo que a mim foi concedido, tive a oportunidade de trabalhar e desenvolver pesquisas em diversas linhas sobre as abelhas: comportamento, ecologia e biologia das abelhas, além de desenvolver trabalhos relacionados à genética do comportamento para melhoramento genético das abelhas visando uma melhor produção de mel e do pólen”, complementa.
Entre os projetos desenvolvidos durante a IC estão Ocorrência de Enxames de Abelhas Apis mellifera L. na cidade de Aracaju, Avaliação da Produção de Pólen em Colônias de Apis mellifera L., Caracterização das Culturas Agrícolas e Potenciais Polinizadores, Manifestação Fenotípica do Comportamento Higiênico e Produção de Pólen em Colônias de Apis mellifera L”.
Após a graduação, Felipe ingressou no mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente da Unit e, atualmente, realiza o doutorado no mesmo programa. “No mestrado, desenvolvi a pesquisa sob a orientação da professora Dra. Andressa Sales Coelho. O projeto tratava-se da Percepção Ecológica que os alunos das Escolas do Campo do Baixo São Francisco Sergipano tinham a respeito da importância das abelhas para o meio ambiente. Já no doutorado, atuo na linha de pesquisa de Estudo de Vetores com Ênfase nos Triatomíneos, popularmente conhecidos como barbeiros, insetos transmissores da Doença de Chagas”, destaca.
“Este projeto é importante, pois há uma negligência em relação à Doença de Chagas no aspecto da Saúde Pública na América Latina. Além das ações antrópicas que proporcionam a domiciliação dos insetos vetores da doença, é fundamental a pesquisa sobre os barbeiros pois, a partir do conhecimento desses insetos, ações a respeito da vigilância e controle dos vetores podem ser implementadas, em parcerias com os órgãos responsáveis do estado”, salienta.
O trabalho é realizado no Laboratório de Biologia Tropical (LBT), coordenado pelo professor doutor Rubens Riscala Madi, e no Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LDIP), coordenado pela professora doutora Cláudia Moura de Melo ambos localizados no Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), do Grupo Tiradentes.
Após a realização do doutorado, Felipe cultiva um grande desejo. “Tenho o sonho de ser um professor pesquisador e atuar na universidade que me abriu as portas para que eu pudesse desenvolver minha carreira profissional. Desejo fazer o pós-doutorado e, assim, dar continuidade à minha carreira de ser um grande cientista”, confidencia.
Para o biólogo, a instituição de ensino foi importante em toda a sua trajetória. “A Unit possui uma estrutura física invejável, que permite aos alunos desenvolver seus trabalhos, tanto acadêmicos quanto científicos, de forma eficiente. O corpo docente da Universidade Tiradentes conta com professores capacitados, atualizados e renomados no âmbito da ciência brasileira. Isso faz com que o aluno tenha respaldo para desenvolver os seus estudos e pesquisas. Essas características são até hoje importantes para o meu desenvolvimento intelectual, pois trabalho só é bem realiza quando se tem estrutura física de qualidade e pessoas capacitadas”, finaliza.
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