O Brasil é um país que se destaca entre os maiores produtores de conhecimento científico, sendo o que mais produz ciência na América do Sul. Por outro lado, em números de patentes, ainda é um país com um índice pequeno, já que a origem das patentes produzidas pelo Brasil, em sua maioria, é gerada nas Universidades. Já nos países líderes em tecnologia, as patentes são produzidas por empresas.
Segundo o professor Marcelo Mendonça, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial (PBI) da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), a ciência, a tecnologia e a inovação caracterizam um fluxo virtuoso. Segundo ele, a tecnologia inovadora depende fortemente da pesquisa científica para produzir benefícios que contribuam e elevem a qualidade de vida das pessoas.
“É importante entender que um país sem ciência e desenvolvimento tecnológico sempre figurará entre as nações subdesenvolvidas ou emergentes. Quando realizamos uma pesquisa e produzimos conhecimento científico prático, ou melhor, aplicado, aí há uma chance grande de transformarmos este conhecimento científico em inovação tecnológica e gerar produtos que vão contribuir para melhoria da qualidade de vida da sociedade”, complementa .
As inovações tecnológicas são percebidas diariamente na vida das pessoas e muitas delas não têm noção do processo de estudo, experimento e da produção de ciência para chegar àquele resultado. “A grande maioria de produtos utilizados pela sociedade são originários das diferentes áreas da ciência, a exemplo do celular, dos medicamentos, das vacinas, do chip, de uma variedade de plantas resistente a determinada doença, dentre tantos outros. Todas essas inovações, um dia foi uma pesquisa científica, que transformou o conhecimento em produto tecnológico”, destaca Marcelo.
Quando entramos na economia de mercado, a inovação aparece como item essencial para se ter competitividade. “As empresas precisam inovar para tornarem-se competitivas, quando isso não ocorre há grande chance de não conseguir se manter no mercado. A globalização exige que as empresas estejam buscando cada vez mais a inovação, não somente de produtos tecnológicos, mas a inovação dos seus setores, departamentos, qualificação da equipe etc”, afirma o professor do PBI.
Asscom | Grupo Tiradentes