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Entenda como as redes sociais podem prejudicar a saúde mental da população

A psicóloga Flor Teixeira fala sobre uma síndrome que pode afetar as pessoas em momentos de distanciamento social

às 15h17
Imagem: Freepik
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Você já parou para pensar quantas vezes você pega o celular por dia para dar aquela ‘olhadinha’ nas Redes Sociais? Mais além, o que isto pode impactar diretamente na sua saúde mental? Pois é! A pandemia do novo Coronavírus, a COVID-19, mudou a realidade de muita gente, inclusive, a forma que as pessoas mostram sua rotina para o mundo da internet. 

A cada foto ou vídeo postado, um pouco do seu dia a dia. O que antes as pessoas mostravam apenas um período ou um momento, a realidade hoje é outra. A rotina é cada vez mais presente. E, como isso pode prejudicar a saúde mental da população? A psicóloga e professora da Universidade Tiradentes, Flor Teixeira explica a relação deste novo comportamento com a síndrome de FoMO, da sigla em inglês Fear of Missing Out, em português o “medo de perder”.

“A expressão é utilizada para sinalizar que as pessoas tem medo de não se sentir parte, não pertencer àquela situação ou modo de vida. Antes, as pessoas mostravam um pouco da sua vida. No entanto, agora elas mostram, além disso, as suas casas”, explica Flor.

“A gente tem exemplos claros. Antigamente eu só desejava a viagem das pessoas, mas agora eu desejo o quarto do outro porque tem uma banheira, hidromassagem e um telão. Além disso, aquela pessoa que estou seguindo também está fazendo academia, curso em universidades internacionais e eu não estou fazendo nada disso. Com o distanciamento social e o uso exacerbado da internet, a FoMO está realmente em alta”, acrescenta a psicóloga.  

Para Flor, todo este movimento acaba gerando muita angústia entre as pessoas. “Elas não se sentem pertencentes a este mundo e, nem a sua casa, que antes era algo que você gostava, já não é mais tão interessante assim porque ela não é tão boa quanto a do outro”, enfatiza. 

E o que fazer diante desta nova realidade? Quais são os cuidados que as pessoas podem tomar ao dar aquela ‘espiadinha’? “O mais importante é que as pessoas entendam que cada um terá a sua limitação, desafios e também novas possibilidades. Comece aos poucos, compreendendo que você pode aproveitar esse tempo para outras funções e inovar”, salienta.    

“É claro que essas visualizações podem servir como estímulo e despertar novos interesses. No entanto, O mais importante é respeitar seu limite, suas possibilidades e o contexto que pode ser feito”, finaliza Flor.

Veja também: Cuidados com a saúde mental durante isolamento social

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