O desenvolvimento estratégico de um país passa por uma forte e bem articulada rede de pesquisas e inovação. No Brasil, uma iniciativa existente nesse sentido é a dos Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCT), formados e organizados desde 2005 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Ao todo, são 101 multicentros de pesquisa que integram universidades, centros universitários, institutos, fundações federais e estaduais de pesquisa, parques tecnológicos e outras instituições do ramo, que agregam milhares de bolsistas e pesquisadores.
De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Programa de INCT “se caracteriza por grandes projetos de pesquisa de longo prazo em redes nacionais e ou internacionais de cooperação científica, envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas, para o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos”. Esses projetos estão distribuídos em 19 áreas consideradas estratégicas, como Biotecnologia, Tecnologias da Informação, Saúde, Biocombustíveis, Energia Elétrica, Petróleo, Gás e Carvão Mineral, Agronegócio, Amazônia, Semiárido, Mudanças Climáticas, Programa Espacial, Defesa Nacional, Educação e Inclusão Social, entre outras.
O trabalho de pesquisa e inovação desenvolvido pelos INCT atende a demandas de políticas públicas do governo e da sociedade nestas áreas estratégicas, subsidiando inclusive planos nacionais como o de Educação, o da Saúde, o Brasil Maior, a Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde e a Política Nacional para o Agronegócio. A complexidade de sua organização e o foco no desenvolvimento a longo prazo de áreas específicas e bem definidas são características que conferem aos Institutos o status de “posição estratégica no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)”.
Pesquisa
Cada instituto é coordenado por uma instituição-sede, com excelência em produção científica e/ou tecnológica e alta qualificação na formação de recursos humanos. Esta, por sua vez, agrega os pesquisadores e estruturas de outras instituições que se dedicam a pesquisas nas mesmas áreas de estudo. Muitos INCTs acabam funcionando com subprojetos descentralizados nos diferentes laboratórios e centros integrados à rede de pesquisa.
Além do trabalho de pesquisa, os institutos estão voltados à formação qualificada de Recursos Humanos (nos cursos de pós-graduação), à transferência de conhecimentos, tecnologias e inovações para a sociedade e para os setores público e produtivo, e parcerias com instituições estrangeiras de excelência científica e tecnológica, o que inclui ações de intercâmbio, troca de informações e mobilidade acadêmica.
Com isso, ele incrementa os padrões de excelência e produtividade da ciência e tecnologia do Brasil; aprimora a inserção no cenário internacional e a transferência de conhecimento para o setor empresarial e para a sociedade; promove a participação mais equilibrada das diferentes regiões do país no esforço produtivo; e gera riqueza e melhoria de qualidade de vida dos brasileiros.
Asscom | Grupo Tiradentes
*com informações do CNPq