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Estruturas que duram

Academia e sociedade discutem questões que perpassam pela segurança na construção civil

às 19h37
Na última sexta e sábado, dias 11 e 12, a Universidade Tiradentes sediou nos auditórios do bloco G, no Campus Farolândia, o seminário organizado pela Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural, cujo objetivo foi colocar em discussão o tema “Em Aracaju, qual das estruturas atinge 50 anos de vida útil: de concreto armado ou de aço?”.
A mesa composta por profissionais e representantes de entidades
A mesa composta por profissionais e representantes de entidades
O coordenador de Engenharia Civil da Unit, professor Paulo Eduardo Silva Martins
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A parceria entre a IES sergipana e a Abece permitiu aos seus alunos de Engenharia uma participação ativa e direta sobre questões que dizem respeito à segurança de edificações.

O palestrante de abertura do evento, professor doutor Daniel Veras Ribeiro, do curso de Engenharia de Materiais da UFBA, destacou o tema “Corrosão nas estruturas de concreto armado submetidas a um ambiente marinho agressivo”.

Estudioso dos materiais de construção com especialidade na durabilidade desses materiais, o doutor Daniel salienta que quando se trata de estruturas antigas, o foco está na proteção, enquanto que nas estruturas novas, na prevenção.

“A discussão contempla os campos industrial e habitacional e grandes obras de infraestrutura”, salienta o palestrante citando pontes, barragens e estradas e lembrando que a durabilidade dessas obras está envolvida em todos os processos.

No caso de residências que apresentem fissuras, o doutor Daniel chama a atenção para necessidade de uma avaliação profissional. “Se chega ao ponto de se tornar visível às pessoas leigas é porque o problema já está grave”, diz ele se referindo a uma fissura aparente numa coluna de concreto, por exemplo. “No concreto armado, quando o aço corrói, aumenta de volume tornando o problema extremamente grave”, conclui.

Para o engenheiro civil e representante da Abece Adelson Rios, o momento é de discussão com a academia e profissionais da área sobre a durabilidade das edificações. “A gente quer discutir o assunto nessas áreas litorâneas em que o meio ambiente apresenta agressividade latente ao concreto armado e principalmente à estrutura de aço para que durem realmente 50 anos. Para isso é necessário saber o que é preciso ser feito”, lembra o engenheiro Adelson.

O coordenador de Engenharia Civil da Unit, professor Paulo Eduardo Silva Martins, reconhece que a parceria para a realização do evento é fundamental porque ocupa um espaço de debate envolvendo a sociedade, associações e a academia. “O aluno se motivou a discutir o assunto em razão do cenário dos últimos acontecimentos”, diz o professor lembrando tragédias como a que ocorreu no Bairro Coroa do Meio com o desabamento de um prédio.

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