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Estudo sobre tipos de aquecimento para paratletas recebe certificação do Comitê

Com repercussão internacional, e a convite do IPC, o artigo científico do professor Marcelo Resende, foi apresentado para uma banca de diretores do Comitê.

às 12h44
Marcelo Resende: “O estudo examinou três cenários relacionados aos tipos de aquecimento: somente com alongamento, utilizando o próprio aparelho de musculação e a atividade sem nenhum tipo de aquecimento”.
Marcelo Resende: “O estudo examinou três cenários relacionados aos tipos de aquecimento: somente com alongamento, utilizando o próprio aparelho de musculação e a atividade sem nenhum tipo de aquecimento”.
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Com a abordagem sobre a eficácia de diferentes tipos de aquecimento para levantadores de peso paralímpicos, o primeiro artigo científico, de uma série de três, produzido pelo Prof. Ms. Marcelo Aquino Resende, docente da Universidade Tiradentes, chamou a atenção do Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

O estudo, foco da pesquisa do doutorado em Ciência do Desporto, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Portugal, investiga as diferentes possibilidades de aquecimento para uma atividade ser desenvolvida na sua plenitude.

“O estudo examinou três cenários relacionados aos tipos de aquecimento: somente com alongamento, utilizando o próprio aparelho de musculação e a atividade sem nenhum tipo de aquecimento”, explica o Prof. MSc. em Ciências da Saúde.

Segundo o pesquisador, a avaliação busca fazer uma associação com a temperatura corporal.  “A investigação pretende verificar o aumento da temperatura corporal. O que significa que houve ampliação da circulação sanguínea e que apresentou volume de frequência cardíaca. Em consequência, houve maior lubrificação nas articulações e circulação de sangue na musculatura esquelética. Essas condições são essenciais no trabalho aeróbico ou anaeróbico”, fala Resende.

O trabalho foi realizado com paratletas de Sergipe, bem classificados em nível nacional, com chances reais de vaga para disputar os Jogos Paralímpicos, que serão realizados em Tóquio, no Japão, entre 24 de agosto e 5 de setembro de 2021, de acordo com o IPC. “Em nível mundial, no que diz respeito à literatura científica, já existem alguns trabalhos de investigação com tipos de aquecimento com pessoas sem deficiência, mas com deficiência é escasso”, esclarece.

Publicado em uma renomada revista Suíça, com classificação A2, o artigo científico chamou a atenção do IPC, sediado na Alemanha, que formulou convite para apresentação do estudo para uma banca formada por diretores da organização não governamental internacional sem fins lucrativos para os desportos de elites destinados a atletas com deficiências. O estudo foi apresentado em ambiente virtual, por conta da pandemia, em inglês e espanhol.   “Após considerações em debate tivemos êxito. Recebemos a certificação do Comitê Paralímpico Internacional, o que creditou muito o nosso trabalho”, relata.

Docente nos cursos de Medicina e de Educação Física da Unit, Marcelo Resende, que é especialista em exercício físico aplicado à reabilitação cardíaca e a grupos especiais, adianta que duas outras pesquisas científicas estão em andamento e devem ser publicadas em breve em revistas internacionais. “Os artigos tratarão desse mesmo assunto. Em uma verificação nós aplicamos a eletromiografia, para saber qual o tipo de musculatura estava sendo mais requisitada. Já a outra pesquisa ainda está em fase de formulação”, adianta.

A pesquisa foi realizada na Universidade Federal de Sergipe e contou com a orientação do Professor Doutor Felipe Aidar.

 

 

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