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Extensões do Google Chrome: aliadas da produtividade ou risco à segurança?

Embora potencializem o desempenho no dia a dia, as extensões exigem atenção aos riscos de privacidade e segurança digital. Especialista alerta para o uso consciente e criterioso dessas ferramentas.

às 12h29
Em uma era em que os dados são extremamente valiosos, é importante usar essas ferramentas de forma consciente (Foto: Confidence/AdobeStock)
Em uma era em que os dados são extremamente valiosos, é importante usar essas ferramentas de forma consciente (Foto: Confidence/AdobeStock)
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Com a crescente dependência de ferramentas digitais, as extensões do Google Chrome, pequenos programas que adicionam funcionalidades ao navegador, surgiram como poderosos auxiliares na gestão de tempo e aumento da produtividade. Elas podem personalizar a interface, bloquear anúncios, gerenciar senhas, traduzir páginas e muito mais. A sua popularidade se deve à sua facilidade de instalação e à ampla variedade de opções disponíveis na Chrome Web Store.

No entanto, junto aos benefícios vêm riscos de segurança que precisam ser analisados com cuidado. As extensões do navegador, amplamente utilizadas em empresas, ambientes acadêmicos e no cotidiano profissional, trazem facilidades em áreas como gerenciamento de tarefas, revisão de textos, segurança de senhas, entre outras. Mas até que ponto podemos confiar nelas? E como equilibrar produtividade e segurança?

Segundo o Gerente de Segurança da Informação da Universidade Tiradentes (Unit), Ricardo Torres, as extensões podem, de fato, melhorar significativamente a produtividade, mas é essencial que o usuário esteja ciente dos riscos. “Nem sempre podem ser consideradas seguras, devido à grande quantidade de desenvolvedores e a não existência de uma avaliação criteriosa por parte do Google para todas as funcionalidades”, alerta Torres.

Principais riscos e critérios de segurança

Entre os maiores riscos, o vazamento de dados é um dos principais, sobretudo quando extensões solicitam permissões amplas que podem comprometer a privacidade do usuário. Além disso, há a ameaça de injeção de códigos maliciosos, tornando o computador vulnerável a ataques cibernéticos. “A depender das permissões concedidas, as informações podem ser encaminhadas para outros ambientes”, explica Torres. Ele reforça que é fundamental analisar atentamente as permissões solicitadas e verificar a reputação e avaliações da extensão, priorizando sempre a instalação via Chrome Web Store, o canal oficial do Google para esse tipo de ferramenta.

Em um mundo onde os dados são o novo petróleo, o uso consciente dessas ferramentas é vital para garantir que a produtividade não seja conquistada às custas da segurança. “Não deixe de utilizar um antivírus atualizado para que seja possível identificar atividades consideradas suspeitas pelo navegador”, orienta Torres. Além disso, no ambiente corporativo, a Unit adota uma postura rígida, bloqueando extensões não autorizadas e permitindo a instalação apenas após uma análise criteriosa.

Ferramentas populares e alternativas mais seguras

LastPass:

  • Ferramenta recomendada para gerenciamento de senhas.
  • Reconhecida por sua robustez e segurança.
  • Amplamente utilizada por grandes corporações e universidades ao redor do mundo.

Grammarly:

  • Extensão utilizada para revisão de textos.
  • Ajuda na correção gramatical e na melhoria da escrita.

Slido:

  • Usado para interação com apresentações.
  • Facilita a participação do público por meio de perguntas e enquetes durante apresentações.

Todoist:

  • Ferramenta de gerenciamento de tempo e organização de tarefas.
  • Permite a criação de projetos e facilita o controle de atividades diárias.

Google Keep:

  • Simples, mas eficaz para listas de tarefas e anotações.
  • Sincroniza automaticamente com a conta Google, tornando o acesso fácil e integrado.

Desempenho e privacidade

Embora o impacto no desempenho do sistema possa variar, Torres aponta que sempre haverá um risco a ser gerenciado. Extensões que solicitam permissões excessivas ou que não são regularmente atualizadas podem comprometer tanto a performance do navegador quanto a privacidade dos dados. “É preciso sempre avaliar se a extensão é segura e qual a real necessidade de seu uso para evitar vulnerabilidades”, reforça ele.

Essa preocupação não é exclusiva do Brasil. Em diversos países, grandes empresas têm adotado políticas restritivas quanto ao uso de extensões. Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas organizações de tecnologia e universidades limitam o uso de extensões a ferramentas previamente aprovadas, tal como a política adotada pela Universidade Tiradentes.

Tendências Futuras

Com a rápida evolução da tecnologia, Torres acredita que as próximas grandes inovações nas extensões virão da inteligência artificial (IA). Ferramentas como a Grammarly já utilizam IA para melhorar a qualidade dos textos dos usuários, e essa tendência tende a se expandir para outras áreas. “A inclusão da inteligência artificial permitirá uma evolução significativa no uso das extensões, mas a atenção na escolha e uso deverá ser redobrada”, adverte ele.

Isso significa que, além das ferramentas já populares, os usuários podem esperar novas funcionalidades baseadas em IA, capazes de automatizar processos e oferecer sugestões mais inteligentes em tempo real. “Ferramentas que ajudam na análise de dados, como extensões que organizam automaticamente e-mails ou priorizam tarefas, estão no horizonte próximo”, elenca.

O uso de extensões pode, sem dúvida, aumentar a produtividade, desde que acompanhado de uma análise cuidadosa dos riscos envolvidos. “Embora essas ferramentas sejam úteis, é essencial que os usuários estejam informados sobre os potenciais perigos e saibam como se proteger. Para isso, práticas simples como verificar permissões, utilizar antivírus e priorizar fontes confiáveis podem fazer toda a diferença”, recomenda.

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