Por Stefânia Leal e Raquel Passos
Lívia Lourenço, de 30 anos, teve Covid19 em dezembro do ano passado. Depois de curada, foi diagnosticada com pneumonia o que lhe rendeu dores pulmonares, chegando a ter fibrose nos pulmões. Por recomendação médica, ela procurou o Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia da Universidade Tiradentes para realizar sessões de fisioterapia respiratória. Entre março e abril, Livia realizou 10 sessões que lhe conferiram significativa melhora.
Ela afirma que chegou preocupada ao Centro Ninota Garcia por já ter passado por algumas situações de negligência, segundo ela, enquanto buscava o tratamento para a Covid-19. Os estímulos dos alunos e professores de Fisioterapia da Unit ajudaram a deixá-la mais confortável e confiante durante todo o tratamento.
“Quando eu cheguei lá, no dia 05 de março, eu cheguei muito desesperada e assustada. Eu cheguei com medo de ser negligenciada, medo de não ser acolhida, mas foi muito pelo contrário!! Eles já me abraçaram de primeira e todas as vezes que eu lembro disso eu me emociono muito porque passar por tudo que eu passei e ainda não me sentir acolhida foi assustador e desanimador. Mas eles foram meus anjos!”, relembra.
Apesar de gratificante, o tratamento foi difícil e exigiu grandes esforços da paciente. Lívia afirma que as primeiras três sessões foram as mais complicadas por conta do cansaço e da exaustão intensa, tanto que ela lembra que no primeiro dia não conseguiu realizar todos os exercícios recomendados. “As preocupações e dificuldades ficavam da porta pra fora do Ninota, porque lá dentro minha única preocupação era ficar bem. A dificuldade era eu mesma e as minhas cobranças, porque eu queria ficar boa para ter de volta minha independência”, conta Lívia Lourenço.
Quem acompanhou as sessões foi a professora do curso de Fisioterapia da Unit, Luciana Zago. Para ela, a fisioterapia tem realmente um papel fundamental desde a prevenção até os primeiros atendimentos e a reabilitação após a alta hospitalar. “O fisioterapeuta faz parte da equipe e trabalha com objetivo de melhorar a capacidade funcional, melhorar condicionamento físico e força muscular, trabalhando todos os sistemas do corpo”, afirma Zago.
Lívia ainda não está completamente recuperada. Possui algumas limitações e deseja retornar ao posto de saúde para solicitar mais algumas sessões de Fisioterapia com a esperança de, em breve, voltar a viver normalmente. “Eles são muito importantes, tanto quanto os profissionais da linha de frente! O pós-covid é muito difícil e não ter uma estrutura ou não ter com quem contar seria muito triste”, encerra, emocionada.