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Flexibilização pode aumentar procura por testes para a covid-19

Biomédico e coordenador do curso de Biomedicina EAD da Universidade Tiradentes, Alysson Fellipe Costa Telles esclarece que os testes são confiáveis

às 22h38
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Em Sergipe, 61.069 mil pessoas já testaram positivo para a Covid-19. Esta semana, o governo do Estado anunciou medidas de flexibilização, liberando atividades comerciais e de setores de serviços. Com isso, as dúvidas sobre testes que detectam a presença no novo coronavírus aumentam.

RT-PCR, sorológico, teste rápido são as opções para diagnóstico da Covid-19 no organismo. Mas qual é o mais eficaz? Existe teste falho? O biomédico e coordenador do curso de Biomedicina EAD da Universidade Tiradentes, Alysson Fellipe Costa Telles esclarece que os testes são confiáveis, desde que sejam realizados por profissionais capacitados para a execução e para interpretação dos resultados.

“É importante que os testes sejam coletados nos prazos corretos para cada exame. Laboratórios que possuem práticas de controle de qualidade apresentam maior credibilidade em seus laudos”, disse, explicando as diferenças entre os testes.

“Hoje, temos o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que é um teste molecular que avalia a presença de material genético no vírus no material analisado, e temos as Sorologias, que avaliam a presença de anticorpos no sangue, sejam eles de infecção recente (IgM) ou anticorpos de memória (IgG). A sorologia pode ser feita por metodologias mais específicas, em equipamentos robustos e bem controlados, mas também podem ser feitas por testes rápidos, que apesar da maior acessibilidade à população, apresentam sensibilidade e especificidade questionáveis, podendo levar a resultados falso negativos ou positivos a depender do caso”.

Questionado sobre a orientação da Organização Mundial de Saúde de testagem em massa, Alysson informou que  por meio dessa ação, é possível direcionar políticas de saúde mais eficazes no controle da pandemia da Covid-19.

“A importância disto é que, uma vez diagnosticados, as ações para isolamento social são reforçadas, já que identificamos possíveis transmissores”.

RT-PCR

Os testes de RT-PCR são os que têm função efetivamente diagnóstica, sendo o teste definitivo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), porque através dele é possível detectar uma parte do RNA do vírus que é específica dele, ou seja, é a identidade do vírus, sem possibilidade de confundir o resultado com qualquer outro agente viral.

“O PCR é o exame mais completo, a depender a fase da infecção que o indivíduo esteja. No início e até mais ou menos o 7º dia de infecção, é possível detectar material genético do vírus nas amostras biológica. A partir do 7º dia, fazer PCR pode não ser eficaz, sendo recomendada a realização da Sorologia, visto que as chances de encontrar anticorpos são maiores”.

Para quem percebe sintomas de síndrome gripal, o biomédico orienta que busque o teste PCR, porque a manifestação de sintomas representa a fase aguda da doença.

Larissa Rezende Mendonça é biomédica e colaboradora do UnitLab esclarece que o objetivo dos testes rápidos não é diagnosticar a doença e defende a testagem em massa.

“Os testes rápidos geram controvérsias por apresentarem baixa sensibilidade e especificidade. Vale ressaltar que o objetivo do teste não é diagnosticar a doença, e sim identificar se a pessoa teve contato ou não com o vírus para controle epidemiológico. A testagem em massa é fundamental tanto para a contenção da doença, como também para o planejamento de estratégias de auxílio a regiões mais comprometidas. Possibilita também mantém a população consciente da gravidade da doença”.

Biomedicina

Coordenador do curso de Biomedicina EAD da Unit, Alysson chama a atenção para a atuação do biomédico nas ações de controle da pandemia. Na avaliação dele, o atual momento reforça a importância da profissão.

“O biomédico nunca esteve tão em alta, pois está na linha de frente no combate ao vírus, junto a tantos outros profissionais de saúde. Atuamos desde o diagnóstico da patologia (analisando amostras biológicas como sangue e swab oronasofaríngeo, para exames de sorologia IGG e IGM e PCR – Reação em Cadeia da Polimerase, respectivamente) até nas pesquisas para sequenciamento do material genético do vírus, e formulação de uma possível vacina”, disse.

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