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Gestores participam de Encontro sobre Letramento Racial 

O evento tem como objetivo discutir sobre o letramento racial e reflexões levadas para o ambiente acadêmico e institucional

às 15h05
Gestores do Grupo Tiradentes participam de Encontro sobre Letramento Racial
Gestores do Grupo Tiradentes participam de Encontro sobre Letramento Racial
Professora doutora Sara Rogéria
Professora doutora Sara Rogéria
Gestores do Grupo Tiradentes participam de Encontro sobre Letramento Racial
Gestores do Grupo Tiradentes participam de Encontro sobre Letramento Racial
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A Universidade Tiradentes (Unit) por meio do Núcleo de Recursos Humanas (RH) realizou um Encontro de Letramento Racial e seus Objetivos. O evento teve como premissa apresentar para a Reitoria, Pró Reitoria, Presidência, Vice Presidência e Diretoria a importância de investir em processos formativos e reflexivos sobre pertencimentos raciais, processos de racialização e debates sobre o letramento racial no ambiente acadêmico e institucional.

A diretora de Recursos Humanos do Grupo Tiradentes, Alessandra Faria, comenta que a ideia de realizar o evento surgiu após participar de uma palestra com a professora doutora Sara Rogéria. “No ano passado vi o projeto dela chamado ‘Negras Vozes’ e pensei em como a gente poderia expandir isso para o Grupo Tiradentes. Foi então que começamos a falar sobre o tema para a diretoria porque víamos um grande potencial de sensibilizar a organização inteira porque nós como Instituição de Ensino podemos mudar o mundo para as próximas gerações. É um fio de novelo que a gente vai puxando e dando corda para que  venham mudanças positivas. E não digo isso só em relação à luta contra o racismo, mas na diversidade de gênero e nas lutas femininas. Acredito que seja muito importante trazer essa discussão para o ambiente acadêmico para que seja um passo para a mudança do cenário atual para futuras gerações”, frisa.

De acordo com a professora doutora Sara Rogéria, a função do Letramento Racial é apresentar para os gestores e diretores do Grupo Tiradentes alguns elementos que são importantes para pensar a diversidade étnico racial no Brasil e as estruturas que fazem com que pessoas negras estejam em situação de vulnerabilidade ou em situação de exclusão, nos ambientes corporativos. 

“É necessário a gente compreender os conceitos, os termos, a fim de ver na prática como é que eles se presentificam, como é que eles se realizam. No Letramento Racial trabalhamos com alguns temas etnicoraciais que são baseados para pensar essas questões, alguns termos, a linguagem ofensiva e racista que ainda é utilizada de forma naturalizada. Também é imprescindível falar sobre relações de poder, como é que se dá um racismo estrutural, racismo recreativo, institucional e as dicotomias entre negritude e os espaços de poder que essas pessoas ocupam”, aponta.

A doutora em literatura e cultura ressalta que trazer discussões raciais para ambientes corporativos desconstrói formas de pensar e agir naturalizadas e normalizadas socialmente. “Para que de fato exista uma mudança estrutural primeiro é necessário que haja uma um reconhecimento da necessidade de se pensar no letramento racial e de como as instituições de alguma forma reproduzem o racismo cultural e o racismo estrutural. O letramento racial possibilita esse abrir os olhos para o seu entorno e perceber o sistema etnicamente monocromático que nós vivemos. A partir dessas discussões será possível mudar o cenário e provocar as instituições e seus representantes a mudar esse cenário onde o epistemicídio ainda é tão forte”, declara.

O pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Ronaldo Linhares, comenta a importância do letramento racial nas instituições. “É um momento ímpar ter na Unit a oportunidade de participar de um evento que aborda o Letramento Racial. A Universidade Tiradentes tem o nascedouro nas classes populares, ou seja, é uma universidade particular, mas a gente sabe que boa parte dos alunos são trabalhadores das classes C e D, e essas classes são evidentemente pardas e negras. Por isso é tão importante discutir abertamente sobre isso. Aprender as possibilidades e a viabilidade de trabalhar a questão racial de forma democrática, aberta, livre e autônoma para que o sujeito negro possa ter a certeza de que está em um ambiente em que ele também é considerado”, salienta.

Para o presidente do Grupo Tiradentes, Luciano Klima, o  Encontro de Letramento Racial e seus Objetivos é uma importante ferramenta para a Instituição. “O mais importante é trazer a conscientização para dentro do ambiente acadêmico e corporativo. Nesse evento exploramos junto com uma especialista no assunto temas referentes ao enfrentamento do racismo cultural e estrutural. A doutora Sara Rogéria nos trouxe de forma clara e didática métodos de enfrentamentos e de como conscientizar as lideranças do Grupo acerca dessa temática. Acredito que essa foi uma maneira muito bacana de começar a implementar e conscientizar os integrantes da instituição”, pontua.

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