O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre de 2021 atraiu atenção da população para uma velha conhecida. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa, a H3N2. A primeira identificação da nova cepa no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.
O vírus H3N2 é um dos subtipos do vírus Influenza A, também conhecido como vírus do tipo A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum, conhecida como gripe A, uma vez que é muito fácil de ser transmitido entre pessoas por meio das gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra. Atualmente, a cepa já circula por todo país e onze estados já registraram mortes em decorrência da doença.
Tendo uma característica sazonal, o vírus circula durante o ano todo, nas diversas regiões do mundo, com predomínio nos meses de outono e inverno. A explicação para o aumento incomum dos casos durante o mês de dezembro no país é um fenômeno que pode estar associado à baixa cobertura vacinal contra a gripe, à flexibilização das medidas de restrição adotadas como prevenção à Covid-19 e ao relaxamento da etiqueta respiratória, que inclui o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social.
Os sintomas de infecção pelo vírus H3N2 são os mesmos da infecção pela infecção pelo vírus influenza A (H1N1) sendo eles, principalmente, febre alta, acima dos 38ºC, dor no corpo, dor de garganta, dor de cabeça, espirros, tosse, coriza, calafrios, cansaço excessivo, náuseas e vômitos, diarreia e moleza. Em média, a gripe dura cerca de uma semana e casos mais graves podem durar mais tempo, geralmente de 7 a 10 dias. De acordo com especialistas e médicos, o tratamento para alívio da gripe envolve medicamentos sintomáticos (antitérmicos e analgésicos), hidratação oral (ingerir bastante água ao longo do dia) e repouso.
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