Mulheres e mães se uniram para propagar a importância do aleitamento materno na tarde desta sexta-feira, 4, em um ato simbólico no Parque da Sementeira, em defesa da amamentação com a “Hora do mamaço”. A iniciativa de docentes, profissionais de saúde e acadêmicos dos cursos de Medicina e Enfermagem da Universidade Tiradentes – Unit – encerra as atividades da Semana Mundial do Aleitamento Materno.
Como ainda há muitas questões que pairam sobre o ato da amamentação, desde preconceito a mitos, é importante que a cultura do aleitamento materno seja de fato disseminada. “Por mais que os índices de mortalidade infantil tenham diminuído, precisamos disseminar a cultura do aleitamento, até porque existem muitos mitos que correm sobre o aleitamento e a gente precisa desmistifica-los”, avalia a consultora e professora de Enfermagem Silvia Atanasio.
Para ela, a amamentação deveria ser algo tão normal quanto o carnaval. “O Brasil é conhecido como o país do carnaval e muitas mulheres gostam de exibir suas curvas e até desfilam seminuas há anos. Chega a ser contraditório quando se fala para mães não exporem a mama para aleitar. A “Hora do mamaço” hoje é para mostrar que ela pode amamentar o filho onde e quando quiser. Não tem lugar restrito para isso! Se ela está passando um pouco do amor e da imunidade que o bebê precisa com o aleitamento, a mãe pode fazê-lo em qualquer lugar. Assim como o carnaval, a amamentação é um ato natural”, considera.
A manicure de 21 anos Isabele da Hora está no seu terceiro filho e confessa ter aprendido sobre a amamentação na prática. “Vim para este evento a convite de uma amiga e estou achando muito bom. Eu já tinha um pouco de conhecimento porque a gente recebe apoio e informação nas enfermagens das maternidades. Agora sinto que vou poder passar para minhas amigas e familiares um pouco do conhecimento que ganhei hoje aqui”, afirma.
Amamentação
Não existe tempo específico para a amamentação. Não é ninguém que decide a hora de parar além da própria lactante. “É a mulher que decide até quando o bebê será amamentado. O Ministério da Saúde preconiza que até 2 anos e mais. Então, é a mãe que decide. Eu, por exemplo, amamentei meu último filho até os 2 anos e 4 meses, e decidi parar por conta própria”, explica.
De acordo com a Fundação Abrinq, as vantagens do aleitamento materno são muitas. Promove uma interação profunda entre mãe e filho; ajuda no desenvolvimento motor e emocional da criança; faz o útero da mãe voltar mais rápido ao tamanho natural; diminui o risco de hemorragia pós-parto e, consequentemente, de anemia na mãe; ajuda a mulher a voltar mais rapidamente ao peso que tinha antes da gestação e diminui o risco de câncer de mama e de ovário.
O leite materno é um alimento completo e ideal para o bebê, pois ele contém todos os nutrientes em quantidades adequadas, proporciona ótimo crescimento, é de fácil digestão, fornece água para hidratação, protege contra infecções e alergias e propicia menos problemas ortodônticos (dentes) e fonoaudiólogos (na fala) associados ao uso de mamadeira.